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financiamento
21/01/2004
CEF aumenta para 70% limite de crédito na compra de imóvel usado

BRASÍLIA. A Caixa Econômica Federal (CEF) vai financiar até 70% do valor de imóveis usados na linha de crédito com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O limite anterior era de 50% do preço do imóvel. O restante terá de ser complementado com recursos próprios do mutuário. Ontem mesmo, a nova regra começou a ser implantada nas agências da CEF.

Pela linha de crédito com recursos do FGTS, é possível comprar imóveis avaliados em até R$ 72 mil. O prazo de pagamento é de 20 anos e a taxa de juros é de 6% ao ano, para as famílias com renda de até mil reais, e de 8,16% ao ano, para famílias com renda entre mil reais e R$ 2.400.

Segundo o presidente da CEF, Jorge Mattoso, a instituição conseguiu elevar o teto de 50%, que estava em vigor desde outubro, graças ao novo orçamento do FGTS para a habitação. No fim do ano passado, os recursos para o setor se esgotaram em várias regiões, principalmente nas áreas metropolitanas.

Mattoso afirmou que a CEF quer ampliar o limite de financiamento com dinheiro do FGTS para 100% da avaliação do imóvel, como já ocorreu no passado. Além de imóveis usados, a linha de crédito com recursos do FGTS financia imóveis novos e em construção, lotes urbanizados, material de construção, reforma ou ampliação de imóveis. Este ano, a linha terá R$ 3,05 bilhões. O limite de 70% era exigido apenas nos empréstimos para imóveis usados.

Garantias
O presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, defendeu ontem o aumento de garantias para os bancos recuperarem empréstimos inadimplentes, como forma de abrir espaço para uma redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras. Segundo ele, um grupo de trabalho no Ministério da Justiça está estudando mudanças para acelerar e facilitar a execução judicial de garantias reais dadas pelos clientes.

Gabriel Jorge também disse que o Congresso Nacional deve terminar a votação da nova Lei de Falências para dar direitos iguais aos credores, sejam bancos ou empregados da empresa com problemas.

Para o presidente da Febraban, um exemplo de boa garantia são os créditos com desconto em folha de pagamento, iniciados no fim do ano passado. Ele lembra que os juros finais nesse tipo de empréstimo estão na faixa de 2% a 3% ao mês, contra 6% a 7% ao mês no crédito direto ao consumidor (CDC) comum.

GERALDA DOCA
ENIO VIEIRA
do jornal O Globo

   
 
 
 

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