A burocracia
e a complexidade da legislação colocam o Brasil
entre os piores países do mundo para abrir e tocar
negócios. Mas o país também é
um dos mercados emergentes mais transparentes no que se refere
à publicação de dados financeiros das
empresas de capital aberto.
Os dados constam no relatório "Como Fazer do
Brasil o País do Presente", divulgado preliminarmente
ontem pelo International Finance Corporation (IFC) —
braço financeiro do Banco Mundial (Bird). O estudo
completo será apresentado mundialmente daqui a duas
semanas.
O levantamento, feito em centros de negócios de 145
países em janeiro deste ano, aponta possíveis
razões para as baixas taxas de crescimento registradas
no país nos últimos anos. “O Brasil tem
recursos abundantes para crescer e a estabilidade macroeconômica
foi atingida, aumentando as probabilidades. Nos últimos
cinco anos, porém, a taxa de crescimento per capita
tem sido inferior a 1% ao ano, semelhante à de países
em guerra civil. Então há outras explicações
para a compressão do crescimento”, afirmou o
economista responsável pelo estudo, Simeon Djankov,
do Banco Mundial. “Onde está o crescimento, o
que falta? O nosso relatório dá algumas idéias,
com estatísticas comparativas com outros países”,
diz Djankov.
O relatório do Banco Mundial mostra, por exemplo,
que para abrir uma empresa no Brasil são necessários,
em média, 152 dias – São Paulo aparece
como o estado menos eficiente. A demora só é
maior no Haiti, no Laos, no Congo e em Moçambique.
Na vizinha Argentina, em 32 dias registra-se uma nova empresa.
Na Grã-Bretanha e em países escandinavos isto
é feito em menos de 10 dias.
As informações são
da Agência Brasil.
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