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punição
24/11/2003
Ministro da Justiça diz que é contra a pena de morte

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou nesta segunda-feira que é contra a adoção da pena de morte no país. O debate sobre a questão ressurgiu com a morte do casal de estudantes em São Paulo e foi defendida pelo rabino Henry Sobel. Thomaz Bastos vai se encontrar esta semana com os pais da adolescente Liana Friedenbach, assassinada quando acampava com o namorado. Ele disse respeitar a opinião das pessoas que defendem penas mais rígidas quando acontecem crimes cruéis porque, em geral, são movidas pela emoção.

"Nos países que aboliram a pena de morte, a criminalidade não aumentou. Nos países que implantaram a pena de morte, a criminalidade não diminuiu. Existe nessa discussão um efeito subsidiário muito negativo, e que ela aplaca a consciência das pessoas. O crime no Brasil só será vencido, colocado em níveis toleráveis, na hora que nós tivermos uma polícia integrada, que desvende os crimes, um Judiciário que condene rapidamente e um sistema prisional que ao invés de se tornar uma fábrica de reincidentes, se não regenerar as pessoas pelo menos não as piore", defendeu o ministro.

O ministro da Justiça defendeu também uma total reforma da Febem e de todas as instituições de reclusão de jovens infratores, que classificou como a "primeira parte da linha de montagem da criminalidade". Ele citou ainda algumas das medidas que estão sendo adotadas, como a aprovação da lei que instituiu o cadastro único de correntistas bancários e a assinatura ainda este ano de acordo com a Suíça para rastreamento de contas com dinheiro ilegal.

Thomaz Bastos participou da abertura da 3ª Reunião do Conselho de Diretores da Polícia Judiciária e de Investigação Criminal da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa. O objetivo do encontro é a integração dos países no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, com a assinatura de acordos de cooperação internacional. Composto por oito países que somam mais de 213 milhões de pessoas que falam português, uma das propostas do conselho é o reconhecimento da língua como idioma de trabalho na Interpol, a polícia internacional. Hoje, são reconhecidos apenas o inglês, francês, espanhol e árabe.


As informações são da Agência Brasil.

   
 
 
 

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