Projetos
criados em escolas públicas no Brasil serão
usados para incentivar a implantação de ações
comunitárias que ajudem o país a cumprir os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, uma série
de metas socioeconômicas que as nações
da ONU se comprometeram a atingir até 2015, englobando
áreas como renda, educação e saúde.
A disseminação das atividades dos estudantes
deverá ser feita por voluntários ligados às
Nações Unidas.
As idéias criadas pelos estudantes foram estimuladas
por uma parceria entre a organização não-governamental
Faça Parte e o Programa dos Voluntários das
Nações Unidas, que foi lançada no ano
passado e que será formalizada nesta terça-feira,
em uma cerimônia no Museu de Arte Moderna, em São
Paulo. Desde o segundo semestre de 2004, alunos de 20 mil
escolas públicas recebem cartazes, material didático,
livretos sobre os Objetivos do Milênio e convite para
participar da campanha em prol das metas da ONU.
O material traz dicas de como deflagrar ações
que podem ajudar a melhorar as condições sociais
da comunidade — fazer e manter uma biblioteca, contabilizar
quantos analfabetos adultos existem na vizinhança e
incentivá-los a fazer cursos de letramento, firmar
parcerias para aprimorar a merenda escolar etc.
A Faça Parte recebeu cerca de 2 mil projetos no ano
passado; as inscrições deste ano foram abertas
na semana passada. As iniciativas não se restringem
a ações dentro das escolas, destaca Priscila
Cruz, coordenadora de projetos da Faça Parte. “Os
Objetivos do Milênio são tratados como tema de
projeto social dos alunos. É uma proposta pedagógica
de intervenção social”, enfatiza.
Essa característica será valiosa em um projeto
do Programa de Voluntários da ONU para estimular, em
comunidades brasileiras, ações voltadas aos
Objetivos do Milênio. A idéia é que as
ações bem-sucedidas desenvolvidas em determinada
escola possam inspirar outras instituições,
explica Dirk Hegmanns, coordenador do UN Voluntários
e oficial de programa do PNUD.
O projeto vai, inicialmente, ser desenvolvido em 15 comunidades,
ainda não definidas podem ser cidades pequenas ou bairros
de grandes cidades, por exemplo. Em cada uma delas, um coordenador
ligado ao UN Voluntários vai reunir lideranças,
empresas, organizações não-governamentais
e escolas para que definam as prioridades do local e as ações
que façam frente às necessidades da população.
“Os projetos desenvolvidos nas escolas podem ajudar
a levar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio à
comunidade”, afirma Hegmanns. O projeto deve ter início
em junho e durar de seis a sete meses; a expectativa é
que as 15 primeiras comunidades sirvam de exemplos e incentivem
o aumento de recursos para que a campanha chegue a outros
locais.
As informações são
da PNUD Brasil.
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