O sonho
da estudante Kauane da Silva, de nove anos, ficou mais perto
de ser realizado. Assim como milhares de crianças ela
gostaria de ter um computador em casa, mas não tem
condições para comprar. Contudo, o projeto ''Londrina
Cidade Digital'', lançado ontem na Escola Municipal
Mabio Gonçalves Palhano, zona sul de Londrina, vai
possibilitar que ela e outros 32 mil alunos da rede municipal
tenham acesso a uma conta de e-mail indidvidual. A conta poderá
ser consultada, a partir de agosto, em um terminal de computador
implantado dentro da escola.
''Agora, eu vou poder mandar e-mail para os meus amigos e
estudar com a ajuda do computador'', disse Kauane. Ela acredita
que se tiver acesso à internet será mais fácil
fazer as pesquisas e as tarefas. Segundo a secretária
municipal de Educação, Carmem Baccaro Sposti,
primeiramente os alunos só poderão consultar
as páginas de e-mail, mas existe a intenção
de disponibilizar a conexão para sites que ajudem nos
trabalhos escolares. Ela afirmou que a maioria dos estudantes
da escola municipais não têm condições
de utilizar a internet em casa. Carmen e o prefeito Nedson
Micheleti (PT) participaram ontem da cerimônia de lançamento.
O projeto foi criado em parceria com a Sercomtel, que desenvolveu
e operacionalizou a idéia. Os totens (terminais com
micro-computadores) serão instalados nas bibliotecas
das escolas, e estarão interligados à internet
por banda larga, com conexão permanente, e baseados
na tecnologia xDSL. Cada conta de e-mail, por meio do domínio
@londrina-pr.com.br, tem capacidade para armazenar 10 megabytes
de informações. ''As bibliotecárias foram
capacitadas e são elas que vão organizar a utilização
do sistema'', disse a secretária.
Segundo o presidente da Sercomtel, João Rezende, foram
investidos cerca de R$ 380 mil no projeto e, nesta primeira
fase, apenas 58 escolas da área urbana receberão
os totens. ''O objetivo é atender todas as 79 escolas
da rede, além de colocar os terminais em locais como
bibliotecas públicas e centros culturais'', contou.
Rezende disse ainda que a empresa está estudando uma
forma de levar o projeto para as áreas rurais, uma
vez que hoje não há um sistema de cabos de fibras
óticas que alcance estes locais.
As informações são
da Folha de Londrina - PR.
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