A segunda
versão do anteprojeto de reforma universitária,
a ser divulgada pelo Ministério da Educação
até o dia 15, trará novas propostas para os
sistemas estaduais e a possibilidade de formação
de consórcios entre universidades federais e estaduais
para criar novas instituições, com gestão
e financiamento compartilhados.
Sem divulgar detalhes, o ministro Tarso Genro (Educação)
citou o exemplo do Ceará, onde há três
universidades estaduais e uma federal. "Poderíamos
pegar uma estadual e a federal para constituir um novo tipo
de instituição", disse, pouco antes de
receber sugestões do Fórum Nacional da Livre
Iniciativa na Educação.
O grupo, que reúne instituições particulares
de ensino superior, quer que o ministério divida o
anteprojeto em ao menos três propostas --uma para as
universidades federais, a segunda para a rede privada, e a
terceira para ajustar o sistema federal aos estaduais.
Tarso já descartou essa possibilidade. "Será
uma proposta de Estado, não uma colcha de retalhos
com propostas que se contrapõem." O prazo para
a entrega de sugestões termina hoje. O segundo texto
trará duas ou três versões dos artigos
mais polêmicos para selecionar o que tiver mais consenso.
Até 10 de junho o ministro espera ter o texto final
para levar à Casa Civil e, então, ao Congresso.
Paulo Antônio Gomes Cardim, membro do Fórum
Nacional da Livre Iniciativa na Educação, cobrou
do ministério mais participação das instituições
na finalização do texto. Segundo ele, o MEC
não incorporou as sugestões já feitas
por diversos setores.
LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S. Paulo
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