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inverno
10 /05/2004

Frio revela déficit de vagas em albergue de São Paulo

A Operação Inverno da Prefeitura de São Paulo terá de criar cerca de 3.000 vagas em albergues, em diversas regiões da cidade, para acomodar os 10.394 moradores de rua em diversas regiões da cidade. Atualmente, são oferecidos 7.336 leitos na capital.

A estação mais fria do ano começa em 21 de junho, mas, das casas visitadas que prestam o serviço, apenas uma não trabalhava com a sua lotação no limite.

O "Agora" esteve em seis albergues e constatou que, com poucas exceções, a acolhida é boa, com cama, comida, banho, lençol e cobertores limpos. São oferecidos também cursos e oficinas profissionalizantes. Na maior parte deles, porém, falta um programa adequado para o aumento de demanda do inverno.

Leitos disponíveis
Todos têm parcerias com entidades. Às vezes, eles são obrigados a negar vagas para até dez pessoas por dia.

Por enquanto, 34 entidades -33 ligadas à administração municipal e uma conveniada com o governo estadual- mantêm em atividade 6.186 leitos. O Estado oferece mais 1.150.

Dos albergues avaliados, só o Projeto Oficina Boracea, na Barra Funda (zona oeste) -considerado um dos dois modelos para o atendimento dos sem-teto, juntamente com o Arsenal da Esperança (centro)- esquematizou um plano para quando o frio chegar: as vagas devem passar das atuais 450 para 690. Nos outros, dois não aumentarão leitos e dois vão improvisar com colchões.

"Vamos colocar dez colchões na sala de TV", disse Maria Rosário Maiorali, 58, coordenadora do único albergue de do bairro de Santana, o Projeto Casa-Abrigo São Francisco de Assis.

Em alguns casos, as acomodações visitadas pelo "Agora" não eram apropriadas. No Solidariedade-Abecal, no Jabaquara (zona sul), por exemplo, há diversos beliches, tipo de cama que não é indicado para idosos.

O Projeto Oficina Boracea e o Arsenal da Esperança -único ligado ao governo estadual- contam com serviços nas áreas de saúde, capacitação profissional, lazer e de assistência social.

Os outros projetos são menos luxuosos e funcionam em casas alugadas ou em galpões antigos. A verba é repassada pela prefeitura e varia de R$ 170 a R$ 200 por desabrigado. Na maioria, é padrão oferecer café da manhã, almoço, cama, banho e jantar.

Perfil
O morador de rua de São Paulo costuma ter as seguintes características: de 26 a 40 anos, ocupa as áreas comerciais da cidade, é homem, negro, sozinho e com baixa escolaridade. O perfil da população foi traçado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em pesquisa encomendada pela Secretaria Municipal da Assistência Social.

A pesquisa da Fipe também traçou o perfil moradores de rua usuários de albergues. Os homens brancos, sozinhos e entre 41 e 55 anos são os que mais usam o serviço. Os animais são companhia de 15% dos desabrigados.


As informações são da Folha de S.Paulo.

 
 
 

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