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Eleições 2004
12 /05/2004
José Serra lança candidatura com festa em SP

A candidatura de José Serra à Prefeitura de São Paulo será lançada hoje, às 14h30, com uma festa na Câmara Municipal. Os principais líderes do PSDB no Estado estarão presentes. Tucanos de todo o país devem prestigiar o evento. Serra vai explicar os motivos que o levaram a ser candidato e traçar os rumos da campanha.

O ex-presidente Fernando Henrique, entretanto, não deve comparecer. O deputado Walter Feldman (SP) acredita que ''ainda não é a hora de o Fernando Henrique aparecer''.

Nome anunciado, o PSDB corre contra o tempo. As conversas com PFL, PMDB e PTB, interrompidas desde que o ex-ministro deixou claro que não participaria da eleição, serão retomadas a toque de caixa. José Pinotti (PFL), Michel Temer (PMDB) e Arnaldo Faria de Sá (PTB) tiveram seus nomes confirmados e não parecem dispostos a retirar seus nomes da disputa.

Outra preocupação que ronda o QG da campanha de Serra é o eventual acordo que possa ser celebrado entre o Planalto e os candidatos de partidos da bancada governista, como PMDB, PTB, PSB e PPS. José Aníbal, ex-presidente do PSDB, se mostra cauteloso, e lembra que Faria de Sá sempre foi crítico a Lula, notadamente em relação à Previdência.

“Obter o apoio de outros pré-candidatos não será tarefa fácil. Precisamos, porém, garantir que a campanha não será agressiva. Todos sabem que a gestão da Marta tem problemas. A eleição precisa ser disputada contra quem está no poder. Virou moda partidos lançarem candidatos que só criticam os adversários na campanha”, avaliou Aníbal.

O deputado Faria de Sá não pretende mudar sua estratégia por causa da presença de Serra na disputa. Sobre possível acordo para favorecer Marta, é enfático:
“Esse tempo já passou. Vou focar na falta de administração na cidade, como no trânsito caótico.”

A deputada Luiza Erundina não demonstrou surpresa com a decisão de Serra. Reconhece que o nome do ex-ministro altera o quadro sucessório. Lamenta que a federalização da campanha, que considera irreversível, ponha em segundo plano a discussão sobre os problemas da cidade. Durante a campanha, promete relembrar os oito anos de tucanato, mas não pensa em poupar a candidata do PT:

“A disputa é pela prefeitura. A Marta tem a máquina. A minha candidatura só tem sentido porque as nossas propostas são diferentes. Tenho feito muitas críticas à administração dela e pretendo continuar assim. Vou questionar o Serra sobre o governo FH. O desemprego e a violência não começaram agora. A política econômica do Lula é uma continuação do governo anterior. Só não vou baixar o nível”, concluiu.

RUY SAMPAIO
do Jornal do Brasil

 
 
 

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