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16/10/2003
Prefeitura quer apoio para mudar Ibirapuera

A construção de mais um museu, um auditório, o fim dos shows na Praça da Paz e a incorporação do Obelisco são algumas das principais mudanças previstas no Plano Diretor do Parque do Ibirapuera, mas ainda são projetos desconhecidos pelos freqüentadores. Na segunda-feira, em audiência pública sobre o plano, o secretário municipal do Meio Ambiente, Adriano Diogo, disse que pode fazer reuniões no parque. “Queremos lançar as informações ao vento.”

Os freqüentadores ainda têm dúvidas. Para a biomédica Lilian Carlik, o auditório, com capacidade para 840 pessoas, que representa a conclusão do projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, pode tirar mais verde da área. “Parque é lugar de criança, cachorro e esportistas”, afirmou.

Segundo Diogo, não haverá perdas. “A compensação será grande. Vamos incorporar o Obelisco ao parque, num ganho de 67 mil metros quadrados de espaço verde. Além disso, com a retirada de calçadas e dos estacionamentos, o Ibirapuera ganha mais área permeável.”

O casal Altamir Tibes e Eliane, que leva o filho Guilherme ao parque pelo menos uma vez por semana, se surpreendeu ao saber das interferências. “Guilherme adora os patos, os pombos e as árvores. Acho que não podem mexer no Ibirapuera sem debater as obras com a gente”, diz Eliane.

Polêmicas
Na audiência pública de segunda-feira, a representante da Sociedade Amigos dos Jardins América, Paulista e Paulistano (Sajep), Patrícia Coelho, foi uma das pessoas que questionaram o projeto. “Não sou contra a construção, mas gostaria de ter um estudo de impacto ambiental do auditório e do entorno.”

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o acordo entre a Prefeitura e a empresa TIM para a construção do auditório. Desde que anunciou a disposição em dar início às obras, a administração municipal está enfrentando uma batalha na Justiça. A última liminar, derrubada em julho pelo Município, havia sido obtida pelo MPE sob a alegação de que a obra traria prejuízos ambientais.

O destino do Pavilhão Manoel da Nóbrega ainda é polêmico. A Prefeitura quer fazer ali o Museu AfroBrasil, em homenagem à cultura negra. Mas o prédio é do Estado. Segundo o secretário da Casa Civil, Arnaldo Madeira, a prefeita Marta Suplicy e o governador Geraldo Alckmin já conversaram sobre o interesse do Município. “Mas o governador explicou que o Museu de Arte Contemporânea também reivindica o espaço. Ele prometeu estudar a possibilidade de transferência à Prefeitura, mas ainda não há uma definição”, disse.

Enquanto a questão do espaço não se define, já há cerca de 700 peças do acervo particular do curador Emanoel Araújo, ex-diretor da Pinacoteca do Estado, para o novo museu. Ele vai ser responsável pelo museu, que ainda não tem data para ser inaugurado. “Haverá projetos ligados ao tema, mas também cursos e workshops, buscando a inclusão social.”

Segundo a museóloga Maria Ignez Mantovani Franco, se o prédio for repassado à Secretaria Municipal de Cultura, logo começam as obras de adaptação para o museu.

BÁRBARA SOUZA
Do jornal O Estado de São Paulo

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