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16/12/2003
SP tem déficit de guias rebaixadas

O município de São Paulo tem apenas 9.300 das 50 mil guias rebaixadas necessárias para se tornar uma cidade acessível — com equipamentos públicos e privados em rotas de fácil acesso para pessoas portadoras de deficiência física ou com mobilidade reduzida. A conclusão é da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), da Secretaria Municipal da Habitação.

Segundo a Prefeitura, pela primeira vez a cidade terá em seu orçamento uma verba destinada ao rebaixamento de guias. Serão R$ 3 milhões do orçamento do ano que vem — o que representará cerca de 5 mil novas calçadas rebaixadas.

Os dados foram divulgados durante o lançamento do Guia para Mobilidade Acessível em Vias Públicas, destinado a profissionais de projetos urbanos. “É como uma receita de bolo de como podemos transformar a realidade das vias públicas para que sejam acessíveis a todos”, disse Edison Passafaro, secretário executivo da CPA.

De acordo com o município, os 9.300 rebaixamentos de guia existentes na cidade foram feitos pela atual gestão, a partir de 2001. Segundo Gustavo Partezani, arquiteto da CPA, antes dessa data os rebaixamentos não eram catalogados. “Eram feitos de qualquer maneira. Os próprios munícipes faziam”, declarou, ressaltando que muitos rebaixamentos não seguiam um padrão de dimensão, inclinação e sinalização.

Segundo Partezani, com 50 mil guias rebaixadas, São Paulo atingiria o chamado nível 1 de acessibilidade: com grandes prédios de serviços e de atendimento dentro de rotas acessíveis. O nível 2 significaria um transporte público coletivo acessível e interligado aos prédios e serviços da cidade. O último estágio, o nível 3, seria o de uma cidade considerada totalmente acessível.


Rampas pré-fabricadas
Os 5.000 rebaixamentos de guia previstos para o próximo ano deverão ser feitos com rampas pré-fabricadas, um modelo desenvolvido pela CPA em uma tentativa de ampliar e de padronizar o número de guias na cidade.

Por ser pré-fabricada, a rampa dura mais, é mais barata e sua instalação também é mais rápida do que a dos rebaixamentos tradicionais, feitos no próprio calçamento. A rampa já vem inclusive com piso tátil (de material rígido e antiderrapante, para auxiliar os portadores de deficiência visual). Os primeiros modelos da rampa, desenvolvidos em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland, foram instalados na Rua João Cachoeira, no Itaim-Bibi. Cada rampa custou cerca de R$ 700, mas a previsão é de que o custo baixe, com a produção em escala.

PATRÍCIA EVELYN
do Diário de S.Paulo

 
 
 

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