Está
para ser lançado um projeto que serve como um teste
de civilidade das elites brasileiras. Pode até parecer
um detalhe, mas não é.
Uma das cenas de maior selvageria da cidade de São
Paulo, espalhando-se para o resto do país, são
as legiões de motoboys que chegam estilhaçados
aos hospitais. São um morto e 25 feridos por dia. Dos
feridos, uma grande parte fica inválida.
Isso acontece porque o governo não consegue fiscalizar
direito as ruas e impedir esse massacre. Mas também
ocorre porque as empresas contratam, sem nenhum critério,
jovens que colocam suas vidas em risco, explorados de todos
os lados.
No final do mês, será lançado um selo
de qualidade para motofrete. É voluntário, adere
quem quiser. Para ter o selo, o motoboy e/ou sua empresa terá
de demonstrar responsabilidade e estabelecer medidas de segurança.
Vamos, então, ver quantas pessoas passam a condicionar
suas entregas ao selo e quantas são coniventes com
o morticínio.
Esse é daqueles casos simbólicos que se prestam
como marcos de educação para a cidadania.
Coluna originalmente publicada na Folha Online,
editoria Pensata.
Leia sobre medidas que
envolvem os motoboys:
Selo
de qualidade oferecerá segurança aos motoboys
Como
matar um jovem
A vida dos motoboys
deve melhorar
Motoqueiros
terão que usar coletes airbag
Empresas de
motoboys terão selo de responsabilidade no trânsito
Acidentes
envolvendo motoboys podem diminuir na cidade de São Paulo
Empresas estão
sendo obrigadas a mudar a mentalidade na contratação
de serviço de motofrete
Motoboys circulam
em São Paulo com capacetes brancos pela paz
Regulamentação da profissão
Prefeito
quer a melhoria da segurança do motociclista
Normas
para serviços de motofrete
Normas
de credenciamento para capacitação de motoboys
Opinião
de nossos ouvintes
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