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útil e agradável
01/09/2004
Merenda escolar vira tema de livro de receitas

Lívia Cortizo

As escolas públicas já podem ter cardápio variado. No último dia 16, foi lançado o primeiro livro de receitas de merenda escolar do Estado de São Paulo. Produzido pela Secretaria de Educação junto com o Departamento de Suprimento Escolar, o objetivo foi inovar o cardápio padrão da refeição nas escolas, aumentar o consumo dos alimentos e incentivar o profissional que prepara a merenda.

O livro está sendo distribuído, gratuitamente, para todas as escolas da rede centralizada e descentralizada. São 88 receitas que utilizam os produtos adquiridos e enviados às unidades de ensino fundamental.

De acordo com o coordenador do projeto, Frederico Rozanski, a publicação foi resultado de um concurso com duas mil preparadoras de merenda escolar. “Foram selecionadas as receitas que atendessem aos critérios de criatividade, economia e praticidade”. Ele acrescenta que a iniciativa foi excelente porque valorizou o trabalho das merendeiras. “Ser elogiado é muito bom. Algumas se emocionaram. Houve até premiação para elas.”

Segundo ele, três milhões e 200 mil alunos de ensino fundamental recebem uma refeição, diariamente. E, no prato, contém alimentos que proporcionam uma alimentação rica e saudável. “Ninguém consegue trabalhar e ter um rendimento bom na escola se não se alimentar bem“, afirma.

O coordenador conta que no dia do lançamento foi feita uma refeição para 500 pessoas, dentre elas jornalistas, professores, o governador, Geraldo Alckmin, e o secretário estadual da Educação, Gabriel Chalita. O cardápio foi nhoque de batata flocos, uma das receitas selecionadas para o livro. “As pessoas comeram tanto que foi necessário fazer mais às pressas. Isso prova que a refeição, além de ser saudável, ainda é saborosa”, diz.

Sirva-se
Além de comerem bem, as crianças também aprenderão a se educar à mesa. O projeto Sirva-se, integrado com o do livro para a melhoria da qualidade da refeição, desenvolveu balcões térmicos para que os alunos se alimentem por meio do sistema self-service. O equipamento tem durabilidade aproximada de 10 anos, além de altura e profundidade apropriadas para que a criança desenvolva autonomia.

Segundo Chalita, o sistema faz com que a criança e o adolescente aprendam a se educar na hora das refeições. "Um projeto educativo envolve, inclusive, questões como pegar um prato, manejar os talheres e escolher alimentos sem imposição e limitação", afirma.

Rozanski afirma que o consumo da merenda escolar aumentou 25% e o desperdício diminuiu muito depois da iniciativa. “Com esse sistema, elas escolhem a comida que querem, criam noções de qualidade e quantidade de alimentos, e formam bons hábitos alimentares.”

   
 
 
 

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