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conscientização
02/09/2004
Escolas começam a coibir uso do cigarro

Escolas públicas e particulares de Fortaleza já começaram a tomar medidas para evitar que, pelo menos em suas dependências, alunos e funcionários não fumem. O contato precoce com as drogas, que vem gerando o aumento da violência e dos casos de dependência química, motivou o Ministério da Educação a lançar um projeto de capacitação de professores para manter os alunos longe do vício.

No Ceará, um projeto de lei de autoria do deputado estadual Adahil Barreto tramita na Assembléia Legislativa. O projeto proíbe o fumo nas dependências das escolas de ensinos infantil, fundamental e médio. A proibição é bem ampla, estendendo-se às cigarrilhas, aos charutos e cachimbos.

Enquanto isso, colégios como o Liceu do Ceará afixaram nas salas de aula cartazes com a lei federal nº 9294196, que proíbe o uso do cigarro nos ambientes fechados. Aluno do 2º ano do Ensino Médio no Liceu do Ceará, D.L., 16 anos, conta que começou a fumar por curiosidade há um ano e meio. Em casa, apenas o pai mantém o vício e ninguém da família sabe que ele enveredou pelo mesmo caminho.

Como não trabalha e o dinheiro que ganha dos pais é pouco, sustenta o cigarro repartindo a despesa com o primo de 17 anos, também é fumante. A hora que mais lhe dá vontade de dar um ‘‘trago’’ é quando está nervoso. Na escola, garante, obedece às normas e não fuma.

De acordo com o presidente do Conselho Escolar do Liceu do Ceará, professor Edilberto Gadelha, a questão da proibição do cigarro na escola é tratada de forma educativa, logo início das aulas. Todos os funcionários são orientados nesse sentido. Nos turnos da manhã e da tarde, os auxiliares de serviço, guardas, seguranças e coordenadores se revezam para fazer a fiscalização. “Caso peguem alguém fumando, numa conversa amigável pede-se para o aluno apagar o cigarro. Eles aceitam e respeitam”, ressalta Edilberto.

Dentro da escola, completa ele, a direção procura fazer sua parte. Inclusive, pedindo e cobrando dos professores que dêem o exemplo. “O problema todo, nessa área onde está o Liceu, é a pracinha que fica bem em frente. Sabemos até da existência do tráfico de craque”, denuncia, lembrando que, por várias vezes, tentou alertar os órgãos competentes. “Se eles apareceram, não deram um retorno para a escola”. Outra iniciativa da direção é trabalhar a prevenção, através de palestras e eventos.

No Colégio Santo Inácio, onde estão matriculados 1.300 alunos, divididos em dois turnos (manhã e tarde), o coordenador administrativo Reginaldo Sampaio diz que no regimento interno está expressa a proibição do uso de cigarro em qualquer dependência. “O tratamento é idêntico para os professores e funcionários, tendo em vista que só são contratados não-fumantes”, frisa. Além do tema ser bastante discutido em sala de aula, com apoio de um psicólogo e um orientador espiritual, há um incentivo grande para o esporte.

As informações são do Diário do Nordeste, de Fortaleza - CE.

   
 
 
 

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