Existe
pelo menos um lugar no mundo em que as pessoas são
pagas para pensar, apenas pensar novas formas de comunicação
e repensar as velhas -e onde a ação é
apenas uma decorrência.
É a Fabrica, chamada pelos admiradores de "Bauhaus
do novo milênio", numa referência à
escola alemã fundada por Walter Adolf Gropius, em 1919,
na cidade de Weimar, que revolucionaria a arquitetura e o
design na primeira metade do século passado.
Instalados num palácio seiscentista em Catena di Villorba,
a 12 km de Treviso, no norte da Itália, alunos do mundo
todo se espalham por 50 mil metros quadrados de salas, vielas,
uma biblioteca de 5.000 volumes, galerias e praças
que foram restaurados em 1993 pelo arquiteto Tadao Ando.
Podem ajudar a criar campanhas publicitárias -de onde
vem parte do orçamento que mantém o lugar, complementado
por fatia não-revelada da verba de publicidade anual
da Benetton, de US$ 120 milhões- ou se dedicar a música,
cinema e vídeo, sempre com viés humanitário
e visando a inclusão dos países pobres.
Seu criador, o fotógrafo Oliviero Toscani, já
não anda mais por lá. O responsável pelas
impactantes campanhas da grife Benetton, fundador em 1991
da revista "Colors", brigou com a família
que controla a multinacional que faturou US$ 2 bilhões
em 2003.
Não é a primeira vez que um brasileiro participa
do time de estudantes. No ano passado, a escola chegou a enviar
uma equipe para produzir um documentário sobre a favela
da Rocinha, no Rio de Janeiro -de quebra, o projeto selecionaria
um jovem morador para ficar estagiando por um ano na Fabrica.
O processo demorou mais do que se esperava, e a escolha ainda
não foi anunciada.
"A criatividade daqui hoje em dia vem dos latino-americanos
mesmo, o pessoal do Terceiro Mundo", provoca Leandro
HBL.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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