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reajuste
05/01/2004
Material escolar deverá ficar até 17% mais caro na volta às aulas

O consumidor que estuda ou tem filho estudante deve se preparar para novos aumentos na lista de material escolar. Na volta às aulas neste início de ano, a lista deverá ficar entre 15% e 17% mais cara do que em 2003. Segundo Said Tayar, diretor de comunicação da Brasil Escolar, rede que representa mais de 500 papelarias no país, o lojista vai repassar aos preços a inflação do período.

“Os reajustes não serão feitos com a gana do ano passado, quando chegaram a 45% porque o mercado temia uma explosão de preços com o novo Governo”, diz Tayar. A Brasil Escolar prevê que os aumentos serão mais modestos neste ano, apesar das oscilações do custo de vida, do dólar e da taxa de juros no decorrer de 2003. Isto porque o setor já não acredita em disparada da inflação. “A economia caminha de forma mais tranqüila, registrando deflação em alguns meses e recuo da taxa básica de juros, que hoje está em 16,5% ao ano”, acrescenta o diretor da Brasil Escolar.

Outro fator para a maior estabilidade nos preços , segundo ele, é que boa parte do comércio fez as encomendas de material para a indústria entre setembro e outubro e já recebeu as mercadorias, o que estanca a possibilidade de reajustes.

A exceção fica por conta do varejista que ainda não renovou seus estoques e ficará na dependência de fornecimento dos atacadistas, que costumam cobrar a mais a diferença necessária para a manutenção de seus negócios.

Entre as novidades que os consumidores vão encontrar nas papelarias, encontram-se lápis que mudam de cor conforme o tipo de luz, borracha acoplada a apontador, ambos da Faber Castell. Na linha de cadernos, a tendência de capas com famosos diminuiu e as vedetes, deste ano, serão personagens de licenciados da Disney, Hello Kitty, Maurício de Souza.

Também se destacam cadernos e acessórios licenciados de entidades assistenciais. Uma caneta, que substitui a tinta para pintura em artesanato, que também permite pintar as unhas e o cabelo, da Noe, promete chamar a atenção dos compradores.


Comprar bem
Na avaliação do empresário Juarez Fonseca, dono de sete lojas em Goiânia, na área de material escolar, não existe crise porque os consumidores precisam repor mercadorias. “Por isso, o fundamental é comprar bem para vender bem. Isso significa fazer estoque cedo para ter como negociar preço.”

A recomendação da Brasil Escolar é que os consumidores evitem se deslocar grandes distâncias para comprar material escolar. Muitas vezes, o gasto com transporte e combustível, não compensa a viagem. “O ideal é fazer as compras dentro de seu bairro. Hoje em dia, há boas papelarias nos bairros, com preços melhores do que os grandes atacadistas”, garante Said Tayar. O comerciante Sidney Patriani Fusco, dono da papelaria Aliança, na Zona Norte, diz que ainda é cedo para falar em preços definitivos. “O comércio, em geral, continua preocupado com o crescimento do desemprego e uma possível queda nas vendas. Dependendo de como se comportar o mercado neste início de ano, teremos de fazer promoções”, prevê .

ELZA YURI HATTORI
do Diário de S. Paulo

   
 
   
 

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