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rio de janeiro
12/04/2004
Moradores de rua ganham almoço de Páscoa

Mil e quinhentos moradores de rua almoçaram ontem na Catedral de São Sebastião. O prato do almoço de Páscoa — que é servido há sete anos pela Pastoral da População de Rua da igreja, criada em 1996 — foi angu à baiana, com guaraná natural e chocolate de sobremesa. O primeiro prato foi servido pelo cardeal-arcebispo do Rio, dom Eusébio Sheid.

O almoço encerrou as comemorações da Páscoa na Catedral de São Sebastião. O cônego Aroldo Ribeiro, responsável pela paróquia, disse que cerca de dez mil fiéis foram à igreja de quinta-feira até ontem. Para ele, estas datas festivas são importantes para reafirmar a fé, principalmente em época de violência:

"O cristão não é um pessimista e, por isto, também pode ser protagonista da paz. A Igreja sabe de sua responsabilidade em momentos como este, em que a violência parece tomar conta. Nosso papel é passar uma mensagem de esperança e conforto".

Rocinha
O cônego assinalou que existem duas paróquias dentro da Rocinha, onde uma guerra entre traficantes levou pânico aos moradores durante a Semana Santa:

"É fundamental a presença física da igreja num momento como este, porque acreditamos piamente que é possível recuperar inclusive essas pessoas que, às vistas da sociedade, estão aparecendo como vilões".

Vivendo nas imediações da catedral há seis anos, desde que veio de São Paulo, Lindomar Pereira foi um dos beneficiados pelo almoço de Páscoa. Ele agradeceu pela solidariedade de pessoas que sequer conhece.

"Esse almoço salvou a minha Páscoa e nem posso agradecer porque não conheço as pessoas da igreja. Passo muita necessidade aqui no Rio, mas só voltarei a São Paulo depois que conseguir o que vim buscar aqui: uma vida melhor", disse Pereira.

As crianças eram as mais empolgadas na fila para pegar o almoço na catedral. Muitas delas não escondiam que o interesse maior era pelo chocolate de sobremesa. Clarissa, de 12 anos, tentava negociar a troca do copo de guaraná natural pelo chocolate da irmã mais nova:

"Adoro chocolate. Mas ela não quer trocar comigo".


As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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