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  pesquisa
14/11/2003
20% dos jovens querem ter arma de fogo

São Paulo é uma cidade violenta para todos os seus habitantes, mas a criminalidade está mais próxima dos jovens, revela uma pesquisa que será apresentada hoje. O levantamento foi realizado pelo Instituto Futuro Brasil em 5.000 residências da Capital.

Na faixa entre 16 e 25 anos, 49,7% dos homens foram abordados pela polícia nos últimos 12 meses — e 19,5% se disseram ameaçados ou desrespeitados. Apenas 16,2% dos homens com mais de 40 anos foram abordados. Apenas 2,4% deles teriam sido ameaçados.

Os rapazes, segundo o levantamento, também são mais agressivos e demonstram um desejo maior de ter uma arma de fogo. Entre os homens de 16 a 25 anos, 20% dos entrevistados disseram querer um revólver. Entre os 40 e os 59 anos, o percentual cai para 10,1%. “Como os jovens estão mais expostos à violência, demandam mais armas de fogo”, avalia o cientista político Leandro Piquet Carneiro, coordenador do estudo. “Em geral, os números confirmam que os jovens são as maiores vítimas e também os principais agressores.”

Colômbia
Segundo a pesquisa, 55,2% dos paulistanos já sofreram um roubo a mão armada e 22,8% foram ameaçados com uma arma ao longo da vida. Nos últimos 12 meses, 7,7% dos moradores da Capital foram roubados. É uma taxa bem maior do que as encontradas na França (1,1%) ou nos Estados Unidos (0,6%). Nesse quesito, São Paulo perde apenas para a Colômbia (10,6%), que vive uma guerra civil. E ganha do país vizinho em casos de furto e roubo de carros e de agressão física.

O levantamento completo será apresentado hoje em um seminário na Capital. O secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, será um dos debatedores. Os dados serão entregues à secretaria, que poderá utilizá-los como subsídio para o combate à criminalidade.


Tito Montenegro,
do Diário de S.Paulo.

   
 
 
 

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