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  qualidade de vida
14/11/2003
Brasileiro quer emagrecer para ter mais disposição

Qualidade de vida é apontada como motivação número um para população encarar a dieta. Resultado mostra que razões médicas ganham de aparência

A maior motivação do brasileiro para emagrecer está relacionada a sua qualidade de vida. Uma estudo realizado com mil pessoas pelo Instituto Especializado em Pesquisas revelou que 20% da população vai encarar a dieta para ter mais energia no dia-a-dia, enfim, com a intenção de se sentir mais saudável. O resultado foi acompanhados de perto pelas razões médicas, como evitar o diabetes e as doenças cardiovasculares, e também pela preocupação com a aparência.

Melhorar a autoconfiança e caber naquela calça jeans justinha também foram apontados como fatores determinantes para quem pretende fazer regime ou entrar em um programa de exercícios físicos. “Os pacientes procuram o médico atrás de um consolo. Não adianta falar apenas nos riscos do sobrepeso e da obesidade”, afirma a endocrinologista Siomara Helena Tauil, que atende até 150 pessoas por semana em seu consultório na Capital.

O estudo, coordenado pelo laboratório Roche, motivou uma campanha na tevê para incentivar a população a procurar o médico não só por questões de saúde. “As campanhas para que as pessoas usassem protetor solar ganharam mais força quando além do câncer de pele, falou-se também em evitar rugas”, diz João Carlos Ferreira, diretor Comercial da Roche, que patrocinou a campanha com o apoio da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso).

A idéia de que os médicos devem mudar o discurso para que o paciente evite a automedicação ou procure por dietas milagrosas não é acompanhada por todos. Para Valéria Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, pacientes com sobrepeso, índice de massa corporal (peso dividido pela altura ao quadrado) entre 27 e 30, devem emagrecer apenas mudando hábitos alimentares e fazendo exercícios físicos. “Essas pessoas não estão doentes e, portanto, não precisam de medicação”, afirma a especialista. “O médico não pode dizer para um paciente que ele deve emagrecer para ficar bonito e, sim, mostrar os riscos para a sua saúde”, critica.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia é da opinião que as drogas para perder peso como a sibutramina e as anfetaminas só devem ser consumidas por obesos (índice de massa corporal maior que 30) e pessoas com sobrepeso acompanhado de outras doenças (colesterol elevado e diabetes, por exemplo). Sem indicação, alguns medicamentos podem provocar dependência.

“Medicamentos foram feitos para tratar doenças. A obesidade é uma doença, mas o sobrepeso não”, diz Valéria. “Por isso, os médicos devem informar o paciente de que a melhor forma de emagrecer nesses casos é a dieta controlada com exercícios físicos”, completa. “Quem se propõe a fazer isso pode perder peso em até quatro meses e atingir o resultado pretendido.”



Regiane Monteiro,
do Diário de S.Paulo.

   
 
 
 

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