A educação
no governo Lula está entre a estagnação
e o retrocesso, na avaliação do presidente nacional
do PSDB, José Serra, feita durante seminário
em São Paulo sobre o tema, na segunda-feira. "Em
16 meses de governo, praticamente um terço do mandato,
já era para termos um plano em vigor, mas sequer existe
um programa. Fica difícil até para criticarmos
ou sugerirmos modificações", disse.
Serra criticou também a falta de transição
entre a primeira idéia do governo na área, que
era a de acabar com o analfabetismo, para a discussão
sobre as universidades, conhecida como Reforma Universitária.
"Foi um salto o debate de uma idéia para outra.
Não há propostas e as coisas estão indo
para trás. Um exemplo é o sistema de avaliação
e o outro de ensino profissional, que estão com suas
discussões esvaziadas", enumerou o presidente
do PSDB.
Serra defendeu o ensino fundamental de nove anos, com a criança
ingressando nas escolas um ano mais cedo, e a ampliação
de cursos noturnos em universidades públicas para aumentar
em 15% o número de vagas.
"O governo federal tem condições de criar
incentivos para que as universidades federais dupliquem os
cursos noturnos", disse, acrescentado que seriam criadas
assim 120 mil vagas na universidade pública.
Ele enfatizou também que é contra a cobrança
de taxas em universidades geridas pelo governo, "em qualquer
caso", e defendeu que a progressão continuada,
que não prevê repetência por parte do aluno,
deva ser mantida.
"Até as prefeituras do PT hoje adota m esse sistema.
Não é possível que o governo queira mudar
isso agora. O que vão fazer com as crianças
que repetem de ano? Vão ficar na rua?", perguntou.
As informações são
da Agência Estado.
|