A taxa de desemprego recuou para
12,2% em novembro nas seis principais regiões metropolitanas
do país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística).
Trata-se da primeria queda na taxa em todo o ano de 2003.
É também o menor desemprego apurado desde março
deste ano, quando a taxa ainda estava em 12,1%.
O recuo no desemprego era esperado desde setembro, devido
especificamente a fatores sazonais, com o aquecimento no mercado
de trabalho típicamente visto no final de ano.
Em outubro, o desemprego estava em 12,9% da PEA (População
Economicamente Ativa). O desempredo de novembro, porém,
ficou 1,3 ponto percentual acima dos 10,9% apurados no mesmo
mês do ano passado.
2,6 milhões de desempregados
De acordo com o IBGE, estavam desempregadas 2,6 milhões
nas seis principais regiões metropolitanas do país
--uma queda de 5,7% em relação a outubro, o
que indica 157 mil pessoas desocupadas a menos que no mês
passado.
A queda no número de pessoas desocupadas foi sentida
em todas as áreas investigadas pela pesquisa: Recife
(-3,7%), Salvador (-2,4%), Belo Horizonte (-8,1%), Rio de
Janeiro (-4,5%), São Paulo (-6,4%) e Porto Alegre (-6,9%).
Perfil do desempregado
Segundo o IBGE, a população desempregada
é composta por 44,2% de homens e 55,8% de mulheres.
Cerca de 19,1% dessas pessoas estão procurando trabalho
pela primeira vez, e 26,0% são consideradas chefe-de-família
ou a pessoa responsável pelo domicílio em que
moram.
Cerca de 83,3% estão à procura de trabalho
há mais de um mês e 37,9%, há mais de
seis meses.
Em torno de 84,8% estão na faixa de 18 a 49 anos de
idade. Cerca de 66,7% têm mais de 11 anos de estudo,
ou seja, concluíram pelo menos o segundo grau completo.
Renda
O rendimento médio do trabalhador ficou estável
de outubro para novembro, na faixa de R$ 835,80 --aproximadamente
3,5 salários mínimos. A renda, porém,
caiu 13% em relação a novembro de 2002.
Os empregados com carteira assinada do setor privado tiveram
aumento de 1,1% no rendimento de outubro para novembro, ficando
na média em R$ 867. Já os sem carteira, também
do setor privado, tiveram aumento de 1,0%, para uma média
de R$ 552,90.
Os trabalhadores por conta própria, porém,
tiveram queda de 1,6% na renda, ficando seu rendimento médio
em R$ 643,40.
Em comparação a novembro de 2002, houve queda
em todas as categorias, sendo a mais acentuada a dos trabalhadores
por conta própria (-20,1%). O rendimento dos empregados
com carteira do setor privado caiu 6,9% e o dos empregados
sem carteira caiu 1,9%.
Todas as regiões pesquisadas apresentaram retração
na renda: Recife (-12,7%), Salvador (-8,6%), Belo Horizonte
(-8,4%) Rio de Janeiro (-16,4%), São Paulo (-13,3%)
e Porto Alegre (-7,3%).
A população ocupada cresceu 1,1% e a desocupada
caiu 5,7% em relação a outubro.
As informações são
da Folha Online.
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