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retrato brasileiro
23/03/2004
Maioria das cidades ainda utiliza lixões

Dos 5.507 municípios brasileiros, 63,6% usam lixões como destino final do material descartado, de acordo com o "Atlas de Saneamento", apresentado ontem pelo IBGE.

Segundo o instituto, o lixão é uma forma inadequada de armazenar os dejetos, pois provoca a contaminação de rios e lençóis de água e do solo.

O modo mais indicado de depositar o lixo é o aterro sanitário, utilizado por apenas 13,8% dos municípios brasileiros. Os dados são de 2000.

Nos lixões, o material fica exposto a céu aberto, sem nenhum tipo de controle. Já nos aterros, o solo é impermeabilizado por uma manta; o que foi descartado é coberto por terra; e os subprodutos líqüidos e gasosos que restam da decomposição dos resíduos orgânicos (maior fração do lixo doméstico) são drenados e tratados.

Além dessas duas formas, existem ainda os aterros controlados, adotados por 18,4% das cidades brasileiras. Nesse modo de armazenagem, a impermeabilização é realizada, mas não a drenagem de líqüidos -o que representa uma ameaça para a qualidade dos lençóis subterrâneos de água.

A boa notícia é que a coleta de lixo é amplamente difundida no país, revela o atlas do IBGE. Está presente em 99% das cidades. A má é que, apesar disso, somente 8% dos municípios afirmam ter coleta seletiva.

Um dos maiores problemas de não armazenar corretamente o lixo, segundo o IBGE, é a contaminação de rios e nascentes de água, que servem para o abastecimento público.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, de 2000, a distribuição per capita de água era de 260 litros/dia -mais do que em 1989, quando havia sido de 200 litros.

A proporção de água sem tratamento, porém, aumentou em relação ao total distribuído -de 3,9% em 1989 para 7,2% em 2000. A pesquisa diz ainda que as perdas das companhias distribuidoras de água podem chegar, em alguns casos, a 40% do volume produzido.

Outro perigo dos lixões é a proliferação de animais como os ratos, que se alimentam dos resíduos e são potenciais transmissores de doenças.





As informações são da Folha de S. Paulo.

   
 
 
 

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