Para reduzir
o consumo e as perdas na rede de distribuição,
a Sabesp (empresa de saneamento de SP) iniciou blitze de economia
de água na região metropolitana e incorporou
ao programa Caça Vazamentos cem motoqueiros, que farão
o primeiro atendimento às cerca de 400 mil denúncias
recebidas mensalmente pela empresa através do telefone
195.
As medidas foram lançadas ontem, Dia Mundial da Água,
pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), na sede da Sabesp.
Além das ações antidesperdício,
foi anunciada a liberação de R$ 175 milhões
pela Caixa Econômica Federal, para obras de ampliação
e melhoria do abastecimento público na Grande São
Paulo.
A previsão inicial é que as blitze ocorram
todos os dias desta semana. São cinco vans (uma para
cada região, incluindo a central) e cerca de 50 pessoas
que, ao percorrer as ruas das cidades, vão parar nas
casas e comércios e pedir as três últimas
contas de água.
Se tiver havido uma economia, o usuário ganhará
brindes (camisetas, adesivos, canetas e chaveiros); se o gasto
tiver se mantido ou aumentado, receberá uma aula de
uso racional, por meio de folhetos e dicas dos monitores da
empresa. A depender do sucesso da campanha, ela deverá
se estender, mas a Sabesp ainda não sabe dizer por
quanto tempo isso seria.
"A idéia é educativa", afirmou Alckmin,
para quem "economizar água é uma questão
de cidadania". Não há, no entanto, uma
meta de economia com as blitze.
O governo espera, com o programa de descontos na conta de
água de quem poupar, lançado no último
dia 11, conseguir 20% de redução no consumo
e afastar o fantasma do racionamento de água que ronda
a Grande São Paulo desde outubro de 2003.
O sistema Cantareira, que atende metade da região
metropolitana, tinha ontem 18% da capacidade. Para que a falta
de água seja descartada, ele terá de chegar
a abril com de 20% a 30% do nível.
Já com a incorporação dos motoqueiros
às equipes de Caça Vazamento, a Sabesp espera
reduzir o tempo de espera pelo "primeiro socorro"
em caso de vazamentos aparentes (água jorrando na rua).
Com mais agilidade para se locomover na cidade, as motos
devem chegar em até uma hora ao local da denúncia
e fazer a primeira avaliação do problema, dando
o alerta para a equipe de conserto.
Até agora, para cada denúncia era deslocada
uma equipe inteira, que, muitas vezes, chegava a levar dois
dias para fazer o atendimento e solucionar o problema. Enquanto
isso, a água escorria. A Sabesp perde 15% do que produz
por causa de vazamentos.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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