O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, fez ontem o balanço do primeiro ano
do seu segundo mandato e apontou a Fundação
Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) como seu maior problema.
“Foi uma área difícil”, afirmou.
Alckmin não abordou eventuais mudanças em seu
secretariado devido às eleições de 2004.
Segundo ele, a escolha do PSDB para disputar a Prefeitura
só deverá ser feita em março ou abril.
Os secretário da Educação, Gabriel Chalita,
e da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu
Filho, além do chefe da Casa Civil, Arnaldo Madeira,
são pré-candidatos.
A Febem é uma dor de cabeça constante para
Alckmin. Desde abril, nove internos sob custódia do
estado morreram. A unidade 30 de Franco da Rocha, alvo de
ação do Ministério Público, já
foi fechada, e a unidade 31 será fechada dia 30 e transformada
num Centro de Detenção Provisória, para
ajudar a desafogar distritos policiais e cadeias superlotados.
“Há uma consciência hoje da sociedade
que na questão do adolescente infrator todo mundo tem
de colaborar. Esse é o aspecto positivo”, comentou
Alckmin. Chalita, cuja pasta controla a Febem, disse que o
fato de a instituição ter sido apontada como
a pior área em 2003 “é um peso”,
mas terminar o ano com 700 ex-internos trabalhando “recompensa”.
O problema na área da Segurança Pública
estaria na superlotação dos distritos policiais
— com 7.300 presos em DPs na Capital: “Além
do risco de fugas e rebeliões, inviabiliza a Polícia
Civil, que, em vez de investigar, toma conta de preso”,
disse Alckmin. A mesa que ele utilizou ontem e móveis
do novo prédio do Governo (o Edifício Cidade,
que fica na Rua Boa Vista, Centro, e foi comprado do Banco
Itaú) foi
JAQUELINE FALCÃO
do Diário de S. Paulo
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