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economia
23/12/2003
Mais de R$ 176 milhões em moedas perdem a validade

O Banco Central (BC) informou que 176,7 milhões de moedas de R$ 1 em aço inoxidável ainda estão em circulação e perderam ontem a validade como forma de pagamento. Quem estiver com estas moedas deverá, a partir de hoje, procurar qualquer agência bancária para trocar pelos modelos bimetálicos, os únicos aceitos a partir de agora.

As trocas em qualquer agência bancária valem até o dia 22 de março de 2004. Após esta data, as trocas só poderão ser feitas em algumas agências do Banco do Brasil e nas gerências técnicas de meio circulante do BC em dez capitais, incluindo São Paulo, por tempo indeterminado.

O chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, José Barbosa, lembra que não é necessário ser correntista do banco para trocar as moedas antigas pelas atuais. “A troca pode ser feita em qualquer banco”, reforça Barbosa.

Até ontem, o BC recolheu 34 milhões de moedas que não possuem bordas douradas — o equivalente a 16,19% do total. As trocas começaram a ser feitas há dois meses.

Essa é a primeira vez que o Brasil faz este tipo de troca de moedas, ação que no passado esteve associada ao processo de alta de inflação. Antes do Plano Real, no Governo Sarney, o Brasil enfrentou taxas de até 85% ao mês. Nesse período, o dinheiro perdia o valor em meses. Agora, a troca ocorre com a inflação controlada e o real valorizado.

Falsificação
O principal motivo da mudança das moedas de aço inoxidável pelas bimetálicas é a falsificação. Desde 1994, no lançamento da moeda e do Plano Real, foram identificadas 420 mil moedas falsificadas. Destas, 90% eram as antigas moedas de R$ 1.

Por causa da tecnologia de algumas máquinas automáticas, a moeda velha de R$ 1 muitas vezes acaba não sendo aceita. De acordo com o Banco Central, já estão circulando 130 milhões unidades das novas moedas de duas cores — e outras 80 milhões estão guardadas nos cofres do governo. Já o Banco do Brasil conta com estoque de 27 milhões de moedas para a fazer a troca. À medida que forem retiradas de circulação, as moedas serão conferidas e descaracterizadas. A sucata de aço inoxidável será vendida a siderúrgicas interessadas, que poderão reaproveitar o material.

 

LUÍS ALFREDO DOLCI
do Diário de S. Paulo

   
 
 
 

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