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26/02/2004
Lula cobra reação de ministros

BRASÍLIA - O governo estabeleceu ontem os principais itens de uma agenda que deve ser explorada nos próximos dias diante da opinião pública. O objetivo é mudar a imagem de imobilismo político e administrativo criada pelo escândalo que envolve o ex-assessor de assuntos parlamentares Waldomiro Diniz. Em reunião de quase três horas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu cinco ministros e decidiu adiar os atos de desagravo que o PT planejava fazer ao chefe da Casa Civil, José Dirceu.

Estiveram na reunião os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Casa Civil, José Dirceu, da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner. Disposto a ensaiar um contra-ataque, Lula pediu que cada ministério produza fatos novos, lance programas e demonstre, perante a população, que o governo não acabou.

Uma lista de ações foi posta na mesa pelos ministros para o exame do presidente. Entre elas, a da correção dos benefícios dos aposentados e pensionistas do INSS, que chegou a ser objeto de uma segunda reunião, com a presença dos ministros da Previdência, Amir Lando, e do Trabalho, Ricardo Berzoini.

Outra idéia é acelerar o processo de votação de matérias pendentes no Congresso para esvaziar a discussão sobre a criação de uma CPI para apurar o caso Waldomiro. Neste pacote, entra o processo de votação das medidas provisórias que tratam do setor elétrico.

Os ministros discutiram a conveniência da proposta do presidente do PT, José Genoino, de uma série de manifestações, nas ruas, para apoiar Dirceu. Todos entenderam que o momento não é oportuno. Como o escândalo continua exposto na mídia, teme-se que qualquer manifestação se volte contra o governo.

Lula pediu a Dirceu que conversasse com Genoino para convencê-lo a adiar as manifestações, deixando-as para uma outra ocasião, em águas mais calmas, quando a cúpula do Palácio do Planalto teria condições de mostrar que não foi contaminado pelo caso Waldomiro.

Segundo fontes do governo, em nenhum momento da reunião de coordenação política foi cogitado o afastamento de José Dirceu da Casa Civil. Na avaliação de Lula e dos ministros, não há nenhuma informação divulgada até agora pela imprensa que possa ligar as ações do assessor parlamentar Waldomiro Diniz ao chefe da Casa Civil.

Lula também determinou aos ministros que continuem lutando para aplicar a medida provisória que proíbe o funcionamento de casas de bingo em todo o território nacional. O presidente espera que a Advocacia-Geral da União derrube qualquer liminar que mantenha as casas abertas.

A política industrial também entrou na pauta da reunião. Até o dia 11, Jacques Wagner vai conversar com ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. O objetivo é fechar questão em relação à proposta de uma política industrial para o país.

Lula declarou que pretende anunciar, até o fim de março, o novo projeto de política industrial do governo.

 

 


As informações são do Jornal do Brasil.

   
 
 
 

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