O consumidor paulistano adora ler
rótulos de alimentos, mas não entende o mais
importante: para que serve o produto que está comprando.
Acha, por exemplo, que os alimentos que estampam na embalagem
as palavras light e diet são para emagrecer - o que
é um erro de interpretação.
A avaliação é de uma pesquisa, divulgada
ontem, realizada com 540 moradores de São Paulo acima
de 18 anos, de todas as classes sociais. O levantamento foi
feito pelo IBCA (Instituto Brasileiro de Educação
para o Consumo de Alimentos e Congêneres).
"A embalagem é um veículo de informação.
Queríamos avaliar como elas chegam ao consumidor",
diz a advogada Patrícia Fukuma, presidente do instituto
e coordenadora da Subcomissão de Alimentos da Comissão
de Defesa do Consumidor da OAB-SP (Ordem dos Advogados do
Brasil). O objetivo da ONG é propor políticas
de educação alimentar.
Mais de 61% dos consumidores lêem os rótulos.
No entanto, 33,4% acreditam que alimentos diet são
só para redução de peso. "Mudar
um conceito introjetado nessa proporção é
muito difícil", afirma Vera Junqueira, diretora
de pesquisa da ONG.
Foram realizadas 20 entrevistas aprofundadas, na parte qualitativa
do estudo. Um banqueiro disse que alimentos funcionais são
os "práticos", como macarrão instantâneo.
Houve ainda quem identificasse alimentos fortalecidos como
produtos poderosos - 25% acreditavam que comidas vitaminadas
têm todas as vitaminas necessárias para o organismo.
Fabiane Leite,
da Folha de S.Paulo.
|