A taxa de fecundidade das brasileiras
passou de 6,28 filhos por mulher, em 1960, para 2,38 no ano
2000, o que representa uma queda de 62,1%, de acordo com pesquisa
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
levantada no Censo 2000 e divulgada hoje.
A redução, segundo o instituto, se deu devido
à diminuição acentuada da fecundidade
no Sudeste, já registrada em 1970, como reflexo de
ser a região mais urbanizada do país - o que
proporciona maior acesso aos meios contraceptivos e o que
permite a inserção cada vez maior da mulher
no mercado de trabalho - e ao aumento da esterilização
feminina, sobretudo na década de 80, que passou a exercer
um papel importante na limitação do número
de filhos.
As diferenças entre as taxas de fecundidade nas cinco
regiões, ainda bastante acentuadas nos anos 70, estão
próximas da média nacional, o que revela uma
uniformidade entre partes do país econômico-sócio-culturalmente
distintas, diz a pesquisa.
Sudeste, Sul e Centro-Oeste, ressalta o IBGE, margeiam, em
2000, o número médio, considerado pela demografia,
para a reposição das gerações:
2,10. Norte e Nordeste têm médias de 3,16 e 2,69,
respectivamente.
Os maiores índices de queda de fecundidade, entre
1991 e 2000, no entanto, ocorreram no Norte e no Nordeste:
28,36% e 24,72%, contra 17,73% na média nacional no
mesmo período. A queda, porém, torna-se menos
expressiva à medida em que os níveis alcançam
patamares mais baixos.
Zona rural
O IBGE constatou que as taxas mais altas de fecundidade
estão na área rural do Norte e do Nordeste,
tanto em 1991 quanto em 2000. Em contraposição,
as mais baixas foram observadas nas zonas urbanas do Sudeste
e do Sul.
Para o instituto, "o contexto urbano e, particularmente,
o metropolitano, tem proporcionado às mulheres uma
maior oferta e, consequentemente, facilidades de escolha e
acesso aos métodos disponíveis que permitem
regular os nascimentos".
Estados
O Amapá é o Estado brasileiro com a
maior taxa de fecundidade, com 3,6 filhos por mulher, em 2000.
No outro extremo, o Distrito Federal, com 1,96 filho por mulher,
tem a menor taxa.
Em 1991 o Acre era o Estado com o índice mais elevado
de fecundidade no país (4,9 filhos por mulher), ao
passo que o Rio de Janeiro detinha a menor taxa, 2,10.
As informações são
da Folha Online.
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