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transportes
28/01/2004
Petrobras limita preço de gás para ônibus

Com o objetivo de estimular o uso do gás natural -combustível menos poluente- nos ônibus urbanos, a Petrobras anunciou ontem que irá limitar o preço do produto a 55% do valor do óleo diesel (usado com mais freqüência no transporte rodoviário).
Apenas empresas concessionárias de linhas de ônibus urbanos terão direito ao benefício.

Ao consumidor final, o gás natural é vendido, em média, a R$ 1,076 o metro cúbico nos postos, segundo a Agência Nacional do Petróleo. O preço médio do litro do diesel nas bombas é mais alto: R$ 1,394 -as empresas de ônibus pagam um pouco menos, por comprar em grandes quantidades. Segundo a Petrobras, um metro cúbico de gás corresponde a 0,923 litro de diesel.

Para a Petrobras, é um bom negócio aumentar o mercado de gás natural. Hoje, a estatal importa 15 milhões de metros cúbicos de gás natural da Bolívia. Pelas regras do contrato, porém, tem de pagar por 24 milhões de metros cúbicos, mesmo que não consiga vender esse volume às distribuidoras.

Duas são as vantagens do gás natural: preço menor e redução na emissão de poluentes. De acordo com a Comgás (distribuidora de gás de São Paulo), o gás polui 50% menos do que o diesel. Além disso, não emite enxofre nem a fumaça preta característica dos carros a diesel.

Com o controle do preço do gás, a Petrobras acredita que, em seis anos, 60% da frota de ônibus das principais regiões metropolitanas do país passe a usar o gás natural como combustível. Segundo a estatal, circulam hoje cerca de 50 mil ônibus nas grandes metrópoles. Atualmente, o uso do gás é bastante restrito: em São Paulo, por exemplo, só cem ônibus são movidos a gás, segundo a SPTrans, empresa municipal que gerencia o transporte coletivo.

Ao todo, 15 mil veículos atuam no transporte coletivo da cidade. Desse total, 8.700 são ônibus e 6.300, vans e microônibus. A SPTrans prevê que, com a proposta da Petrobras, o número de ônibus a gás aumente para 170 no final deste ano.
O maior entrave para aumentar o uso do gás natural é o custo de conversão dos veículos. Para adaptar o motor de um ônibus ao gás natural, a empresa terá de desembolsar cerca de US$ 10 mil por veículo.


PEDRO SOARES
da Folha de S. Paulo, sucursal do Rio

   
 
 
 

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