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28/01/2004
Tarso quer reforma logo: ‘Chega de teorização’

BRASÍLIA. O novo ministro da Educação, Tarso Genro, pretende incluir a proposta de eleições diretas para reitor das universidades federais no debate sobre a reforma universitária. O ministro vai montar um grupo de assessores no ministério para tratar da reforma, prioridade de sua gestão no MEC, e já avisou que não quer mais saber de teorização. A intenção de Tarso Genro é ter uma proposta de reforma universitária pronta para ser enviada ao Congresso até o final do ano.

"Chega de teorização. Já temos uma enorme riqueza de material teórico. Precisamos ter uma proposta concreta", disse.

Tarso disse que o relatório preparado pelo grupo interministerial que já debateu a reforma será apenas uma das propostas a serem analisadas pelo grupo que será criado no âmbito do MEC. Esse grupo será responsável por organizar seminários, conferências e encontros com representantes da sociedade. Mas, segundo o ministro, os debates precisam ser objetivos.

Diretas
Tarso afirmou que, pessoalmente, é a favor das eleições diretas para reitor. Ele acredita, no entanto, que na reforma terá que ser debatido como será essa eleição.

Tarso disse que esse projeto não deve ser feito separadamente do restante da reforma.

"Essa é uma questão política que precisará ser debatida no âmbito da reforma e do governo", afirmou.

O projeto sobre as eleições diretas já havia sido preparado pelo ex-ministro Cristovam Buarque. No entanto, foi vetado pela Presidência da República sob a alegação de que diminuiria a interferência do presidente na escolha dos reitores.

Atualmente, professores, alunos e funcionários votam para reitor, mas a escolha é feita pelo presidente a partir de uma lista tríplice elaborada com base na votação.

Ontem, a posição da Presidência de vetar a escolha direta foi duramente criticada pelo presidente do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Luiz Carlos Lucas.

"É lamentável. Eu não esperava isso do presidente Lula. Acreditava que na área social esse governo tivesse um comportamento mais democrático", disse, ao sair de um encontro com Tarso Genro em que foi discutido a participação do Andes na reforma universitária.

Nova equipe
O ministro informou que já na próxima segunda-feira pretende apresentar toda a sua nova equipe, incluindo os integrantes do grupo que coordenará a reforma dentro do ministério. De acordo com Tarso, deverão ser cinco pessoas. Entre eles, um secretário-executivo e um coordenador, que deverão responder diretamente ao ministro.

O grupo de assessores de Tarso estabelecerá a metodologia de debates e o cronograma. Esse grupo também terá a responsabilidade de analisar não apenas a proposta feita pelo grupo interministerial, mas as preparadas pelos reitores das universidades federais, os docentes de nível superior e pela USP (Universidade de São Paulo) sob a coordenação da professora Marilena Chauí.

O ministro também explicou que pretende analisar todos os projetos enviados pelo seu antecessor à Casa Civil. A maior parte deles está parada.

"Há propostas muito boas, mas eu preciso ver se aqueles com ônus tem previsão orçamentária ou se criam despesas para outras esferas de governo", explicou.

Entre essas propostas está a instituição do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico. Segundo Tarso, o debate já está feito, o projeto é bom e o governo quer a sua aprovação.


As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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