Quem se candidatar para as eleições
municipais desse ano tem que ter uma coisa na cabeça:
a educação infantil. Os pretendentes ao cargo
de prefeito precisam ter ciência que a formação
da pessoa acontece do zero aos seis anos. Está cientificamente
comprovada a relação entre educação
infantil e violência. Se os olhos dos políticos
não estiverem voltados para essa faixa etária,
tudo mais que disserem será balela.
É preciso montar um rede de creches com profissionais
qualificados para atender essa turma da pré-escola.
Hoje em dia só 10% das crianças brasileiras
estão em creche. Não há lugar e muito
menos um lugar qualificado sequer para deixar essas crianças.
Muito menos para educar. Se ela não é atendida
quando pequena aumentam as chances de desenvolver atitudes
anti-sociais e pode se transformar em fator de marginalidade
e violência.
O Plano Nacional de Educação, aprovado pelo
Congresso em 2001, estabelece como meta chegar a 2011 com
50% das crianças de zero a três anos atendidas
em creches. Para atingir essa meta com qualidade, o gasto
público em creches teria que passar dos atuais de R$
898 milhões para R$ 10,7 bilhões. O aumento
da oferta não pode ser dissociado da qualidade. A maior
parte dos professores (69%) sem nível superior trabalha
em pré-escolas, com alunos entre quatro e seis anos.
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