LONDRES, HELSINQUE (Finlândia)
e SAN FRANCISCO. Os especialistas em segurança no setor
de informática alertaram ontem que o vírus MyDoom
(também conhecido como Novarg ou Worm_MiMail.R) se
espalha rapidamente, contagiando uma em cada três mensagens
de correio eletrônico. Os especialistas lembraram ainda
que começou a contagem regressiva para um ataque digital
contra a Microsoft e a empresa de software SCO Group Inc.
O MyDoom, que começou a circular na última
segunda-feira, se tornou o vírus mais rápido
e contagioso da internet. Ao mesmo tempo, segundo os especialistas,
uma nova versão do vírus, o MyDoom.B, perdeu
força de contágio devido a erros na sua programação.
"Mais de 40% do tráfego da internet atualmente
consiste de e-mails gerados pelo vírus MyDoom e continua
se espalhando", disse Mikko Hyppoenen da empresa finlandesa
de segurança na internet F-Secure. "Embora seja
pouco visível para o usuário final, está
causando problemas com o grande volume de e-mails".
Pelo quarto dia consecutivo, os provedores de serviços
de internet e as empresas se viram impotentes diante da onda
de mensagens geradas por correios eletrônicos infectados.
"Estamos vendo as empresas lutando contra ele, mas não
conseguem eliminar o vírus rápido o suficiente.
Ele (o vírus) estará conosco durante algum tempo
", disse Graham Cluley, consultor técnico de antivírus
e anti-spam da firma Sophos.
O prejuízo financeiro provocado pelo MyDoom —
com a lentidão da internet e a perda de produtividade
— já alcança milhões de dólares,
de acordo com um vendedor de programas antivírus. Para
o usuário comum, o vírus pode sobrecarregar
o fluxo de e-mails e impedir seu acesso à rede, enquanto
seu provedor filtra o tráfego de e-mails falsos.
O vírus também está programado para
atacar, a partir de domingo, os sites da SCO, empresa de software
com sede em Utah (EUA), no domingo, e da Microsoft, enviando
milhares de solicitações de informação.
"É muito difícil para as empresas antivírus
regirem aos ataques. Sempre vamos a reboque", disse Paul
Wood, da empresa de segurança de e-mail Message Labs,
do Reino Unido.
As informações são
do jornal O Globo.
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