BRASÍLIA
(DF) - Até o final do ano, as empresas estatais vão
investir R$ 50 milhões em programas de educação,
em especial a alfabetização de adultos, ensino
técnico e abertura de escolas públicas no final
de semana. O Fórum das Estatais pela Educação,
que reúne 21 empresas do governo brasileiro, definiu
ontem os primeiros 12 convênios com o Ministério
da Educação.
Um dos programas beneficiados, o Brasil Alfabetizado, receberá
5 milhões de livros feitos especialmente para adultos
que estão aprendendo a ler e escrever pagos pelas estatais.
Também serão distribuídos 150 mil óculos
de leitura, já que um dos problemas detectados pelo
MEC foi a dificuldade de enxergar dos alunos mais velhos,
que também não tem recursos para comprar óculos.
As estatais também se encarregarão e um milhão
de kits de material escolar.
O programa Escola de Fábrica - em que serão
criadas escolas de ensino técnico dentro de fábricas,
com professores da própria empresa - também
será beneficiado. As próprias empresas estatais
se encarregarão de abrir em suas dependências
150 das 500 escolas programadas para funcionar a partir de
2005.
Entre as estatais que participarão do projeto estão
Eletrobras, Furnas, Eletrosul, Eletronorte, Chesf , Inmetro
e Itaipu Binacional.
O Escola Aberta, programa em que o MEC dá apoio a
Estados e municípios para que abram as escolas à
comunidade nos finais de semana com cursos de arte, dança
e esportes, também receberão apoio das empresas.
Um quarto das 1,2 mil escolas que deverão funcionar
nos finais de semana este ano terão apoio das estatais,
como a Eletronorte e a Infraero.
"Constituímos uma relação de colaboração
entre os projetos de educação e as necessidades
das estatais", disse o ministro da Educação,
Tarso Genro. De acordo com o ministro, as universidades federais
também entrarão nessa associação,
direcionando suas pesquisas e cursos para as áreas
que as estatais necessitam.
LISANDRA PARAGUASSÚ
da Agência Estado
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