No Brasil,
24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência,
segundo dados do Censo de 2002. Mas apesar de representarem
uma grande parcela da população, a inclusão
social e a inserção dessas pessoas no mercado
de trabalho ainda causam estranheza para a maioria dos empregadores.
Para incentivar essas ações, o Senac Nacional
lançou, há dois anos, o programa Deficiência
e Competência, que já apresenta resultados significativos
em todo o País, como materiais didáticos em
Braille, aquisição de equipamentos especiais,
parcerias firmadas com ONGs e empresas privadas para estimular
a inclusão de pessoas com deficiência no mercado
de trabalho. O grande diferencial do programa é procurar
colocar esse público nas programações
regulares do Senac, só abrindo turmas especiais a pedido
dos parceiros.
Os primeiros resultados do programa são mostrados
na publicação "Eliminando barreiras, construindo
pontes", editada pelo Senac Nacional. O programa foi
dividido em duas etapas: a primeira, "Eliminando barreiras",
é voltada para a sensibilização e mobilização
de funcionários do Senac, parceiros e representantes
da sociedade, por meio de teleconferências sobre inclusão
social, investimentos em infra-estrutura física e tecnologia
educacional nos departamentos regionais. Já a segunda
etapa - "Construindo Pontes" - destina-se à
ampliação do programa através de parcerias.
Os cursos mais procurados são os de informática
e de artesanato. Na Bahia, por exemplo, 570 alunos foram atendidos
pelo Senac em parceria com a Associação Baiana
de Deficientes Físicos (Abadef) e a Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Destes, 454 apresentavam
deficiência auditiva. No Paraná, 484 alunos passaram
por cursos de auxiliares administrativos, montagem e manutenção
de computador, entre outros. Para este ano, a expectativa
é de atender pelo menos dois mil alunos e conseguir
novas parcerias.
As informações são
do Instituto Ethos de Responsabilidade Social.
|