A cidade
de Sertãozinho, no interior de São Paulo, conseguiu
criar uma escola municipal que está entre as dez melhores
de ensino fundamental do país, segundo a lista da Prova
Brasil --e isso por R$ 150,00 mensais por aluno. O que não
é muito diferente do custo por aluno das demais escolas
públicas da região Sudeste.
Não há, a rigor, nenhum segredo. Naquela escola,
chamada José Negri, o diretor e os professores têm
baixa rotatividade, assim como seus alunos. A diretora ali
é uma líder não apenas escolar, mas comunitária,
ao exigir a participação dos pais. Os alunos
têm acompanhamento para tirar as dúvidas depois
do período regular --criou-se lá um banco de
dúvidas. Há aulas inclusive aos sábados.
Existem atividades na parte da tarde de esportes, cultural,
informática e ciências. Usam-se demais espaços
na cidade como se fossem extensão da sala de aula.
A tradução é a seguinte: educação
de qualidade depende menos de dinheiro do que de gestão
e empenho. Esse tipo de experiência deveria ser estudada
por todos os candidatos, para que suas promessas não
fiquem no papel ou nos discursos de campanha.
PS - Mais detalhes sobre essa experiência:
Quatro lições da professora Inês
Escola
número 1 em 8º série
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, editoria Pensata.
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