Durante a
campanha, Barack Obama se comprometeu a ajudar as escolas
a premiar os bons professores, colocando mais dinheiro em
seu bolso condicionado ao desempenho dos alunos. Serão
premiados também aqueles que ajudarem, compartilhando
suas experiências, professores mais novos. Haveria também
mais recursos para atrair talentos para dar aulas nas regiões
mais pobres. Isso significa que a gestão de Obama,
nesse aspecto, pode ser útil ao Brasil.
Por ser identificado com a causa negra, Obama sabe que, entre
as inúmeras ações que podem ser feitas
nas escolas, uma delas é não aceitar o corporativismo,
lutando para que os medíocres e relapsos não
sejam igualados aos talentosos e esforçados. Por isso,
ele também apoiou, em sua campanha, a disseminação
de escolas públicas geridas pela comunidade --ou seja,
o colégio continua sendo público, mas comandado
por instituições sociais, comprometidas com
metas.
Pela força dos Estados Unidos e pela capacidade que
Obama vai ter de disseminar ideias, essas propostas de inclusão
podem ajudar, e muito, os brasileiros que defendem mais transparência
e rigor com os gastos educacionais, deixando a educação
mais próximas da sociedade e das famílias do
que dos governos e dos sindicatos.
Obama só venceu a eleição porque teve
uma excelente educação, ao cursar universidades
como Columbia e Harvard - ele sabe que a emancipação
do pobre em geral e do negro e particular depende que se coloque
a educação (e, portanto, o professor) em primeiro
lugar.
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O detalhamento das propostas de Obama está neste
link.
Coluna originalmente
publicada na Folha Online, editoria Pensata.
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