Aos poucos, os remédios que
tiveram os preços liberados pelo governo vão
ficando mais caros para o consumidor. Em janeiro, foram 27,
e agora mais 60 medicamentos tiveram os seus preços
reajustados. Os índices chegaram a 14,98%, caso do
xarope Cloridrato de Ambroxol, do laboratório Cinfa,
que passou de R$ 6,01 para R$ 6,91.
A tabela divulgada nos novos cadernos de preços da
ABCFarma que chegam às farmácias inclui medicamentos
de grande consumo. Como o analgésico Aspirina (Bayer),
que subiu de R$ 5,16 para R$ 5,66 (9,82%); a vitamina Centrum
(Whitehall), de R$ 48,60 para R$ 54,69 (12,53%), e o antiinflamatório
Flogoral (Asta Médica), que aumentou de R$ 12,11 para
R$ 13,27 (12,58%).
A lista registra alta de 29% do tônico Fortevit, da
Abnat, (de R$ 13,36 para R$ 17,26). Mas, segundo a Federação
Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma),
houve um erro da empresa, que está revendo o reajuste
para correção. Os laboratórios Farmasa
e Frontovit são os que concentram a maioria dos produtos
com aumentos previstos para este mês.
Oito mil remédios sobcontrole subirão
em março
Os remédios ainda controlados pela Câmara
de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed)
terão um único reajuste este ano, em março.
O percentual levará em conta o Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro de 2003 até
este mês, os custos de produção e a produtividade
das indústrias. A relação deverá
incluir oito mil remédios, entre eles os destinados
a tratamento de câncer e os usados em doentes cardíacos.
Segundo o levantamento da Febrafarma, dos 60 produtos com
alta, 44 (73,33%) são liberados, ou seja, os preços
não estão mais sob controle da Cmed e, portanto,
os aumentos são autorizados. A lista ainda tem nove
medicamentos fitoterápicos (15% dos reajustados), livres
do controle de preços, e três (5%) suplementos
vitamínicos, que não são considerados
medicamentos.
Das 13.086 apresentações listadas nos cadernos
de preços enviados às farmácias, 12.794
(97,77%) não sofreram alteração este
mês e 113 tiveram seus preços reduzidos. A redução
mais significativa em relação a janeiro (56%)
foi a do medicamento Victrix (10mg, 14 cápsulas), do
laboratório Farmasa. O produto custava R$ 36,91 e passou
para R$ 16,19. Cerca de 30 apresentações tiveram
redução entre 25% e 40%, como o Capril (50mg,
com 15 comprimidos) e o Loprazol (20mg 14 cápsulas),
do Teuto Brasileiro.
Apenas dois medicamentos controlados (Fortevit sol. oral
500ml, da Abinat, e Cataderme pomada 30g, da Catafarma) foram
publicados com aumentos, devido a um erro dos laboratórios.
As empresas já estão revendo os reajustes e
fazendo as correções necessárias, que
serão informadas às farmácias em nova
listagem.
As informações são
do jornal O Globo.
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