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saúde
06/02/2004
Pesquisa mostra que genérico é boicotado

SÃO PAULO. Apesar de custar até 40% menos do que os produtos de marca e já ter sua eficácia comprovada, os medicamentos genéricos continuam de fora das receitas médicas e são boicotados nos balcões das farmácias. É o que mostra uma pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Na primeira sondagem do gênero do país, foram ouvidas em outubro do ano passado 1.250 pessoas, entre médicos, balconistas de farmácias e consumidores das cidades do Rio, São Paulo, Recife e Curitiba.

Ao visitar as farmácias, os pesquisadores se fizeram passar por consumidores e apresentaram uma receita médica com a indicação de um produto de marca. Em 34% dos casos, os balconistas ofereceram sem que o cliente pedisse medicamentos diferentes dos prescritos, geralmente um produto similar — que também é uma cópia dos produtos de marca, mas, ao contrário do genérico, não passa por testes de bioequivalência e equivalência farmacêutica.

Com 56%, Recife (PE) apareceu na sondagem com a maior incidência na proposta de troca, seguida por Curitiba (41%), São Paulo (29%) e Rio (23%). Foram pesquisadas apenas as farmácias independentes, que detêm 78,4% das vendas de medicamentos no país.

Refém
Geralmente, os fabricantes de similares concentram sua promoção nos pontos de venda, oferecendo aos funcionários das farmácias bonificações dependendo do volume de vendas do produto.

"Isso é ilegal. Significa que a prescrição médica está sendo desrespeitada e o consumidor é refém de práticas ilegais", diz a diretora-executiva da Pró Genérico, Vera Valente.

Pela legislação, apenas os genéricos podem substituir os medicamentos constantes das receitas médicas.

Quatro anos depois de sua entrada no mercado brasileiro, os medicamentos genéricos têm hoje um participação de 8,67% em unidades vendidas (foram 94,8 milhões no ano passado) e de 6,97% em faturamento (US$ 311,6 milhões).


As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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