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O Ministério da Educação
divulgou nesta segunda-feira os resultados gerais do Exame
Nacional de Cursos, o Provão. Das 26 áreas avaliadas,
apenas duas obtiveram média geral acima de 50, numa
escala de zero a 100. No conjunto dos cursos de Odontologia,
a nota média foi 56 e de Fonoaudiologia, 55,7. Outras
cinco áreas tiveram pontuação entre 40
e 50 e as demais, abaixo de 40. A menor média foi registrada
em Letras: 19,7.
Este ano, com a finalidade de esclarecer o significado dos
conceitos atribuídos aos cursos, o Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) decidiu enfatizar os valores absolutos de cada área.
De acordo com o relatório produzido pela instituição,
"o uso dessa nova escala não tem por objetivo
propor um instrumento de classificação, mas
mostrar exatamente o que está sendo dito quando se
anuncia que um curso tem conceito A, B, C, D ou E".
Pela escala absoluta, os resultados do Provão revelam
que nenhum dos cursos obteve média acima de 80 e apenas
1,5% entre 60 e 80 pontos. Na faixa de nota entre 40 e 60,
ficaram 26,7% dos cursos, 58,2% de 20 a 40, e, em 11,9%, a
média ficou abaixo de 20. De acordo com a escala relativa,
14,5% obtiveram A, 12,8% B, 41,6% C, 16,7% D e 12,7% E.
Esses dados mostram, segundo o relatório, que a distribuição
de conceitos a partir dos resultados do Provão é
um mecanismo insuficiente para avaliar a qualidade de um curso.
"O conceito A, historicamente, significa excelência.
Em uma escala de zero a 100, significa estar mais próximo
possível do 100, mas a metodologia que utiliza conceitos
relativos resulta na atribuição de A para cursos
cuja média obtida no Exame está muito distante
de 100".
Os resultados do Provão deste ano apontam que a nota
46,3 em Administração é A, já
49,7 em Odontologia é D. Em Engenharia Civil, uma média
50 garante um conceito A, mas em Fonoaudiologia, 52,3 é
C. Em Matemática, 29,4 é A. "Assim, é
um equívoco interpretar os conceitos obtidos pelos
cursos como indicadores de um padrão único de
qualidade", diz o documento do Inep.
O relatório informa ainda que os resultados do Provão
não permitem uma comparação de um ano
para outro. "Os dados mostram que o A de um curso de
Engenharia Civil, em 2002, era de 33,7 pontos, mas, em 2003,
o mesmo A exigiu uma média 50. Com isso, o A de um
ano equivale ao C do ano seguinte". Diante desse cenário,
a conclusão do documento é que "os conceitos
são inadequados para orientar políticas educacionais
e a sociedade, incapazes de direcionar ações
administrativas das instituições de ensino e
insuficientes para ranquear cursos."
Participaram do Provão, realizado no dia 8 de julho,
423.946 formandos dos cursos de Agronomia, Arquitetura e Urbanismo,
Administração, Biologia, Ciências Contábeis,
Direito, Economia, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia
Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química,
Farmácia, Física, Fonoaudiologia, Geografia,
História, Jornalismo, Letras, Matemática, Medicina,
Medicina Veterinária, Odontologia, Pedagogia, Psicologia
e Química.
As informações são
do site GloboNews.
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