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seu bolso
19/01/2004
Projeto quer fim da cobrança da assinatura mensal do telefone

O pagamento da assinatura mensal do telefone pode estar com os dias contados. O projeto de lei 5.476, de 2001, determina o fim da cobrança da mensalidade que em São Paulo custa R$ 31,14. De autoria do ex-deputado federal Marcelo Teixeira, o projeto está tramitando na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Enquanto isso não acontece, alguns consumidores já brigam na Justiça pelo direito de não pagar a taxa. A secretária Kelli Regina ganhou em duas instâncias uma ação contra a Telefônica. “Quando o caso estiver finalizado não terei nunca mais que pagar a assinatura à empresa”, comemora. A Telefônica tentou recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) mas o recurso não foi aceito. Por conta disso, a empresa terá que devolver em dobro o valor que a assinante pagou até hoje.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apóia o fim da cobrança da assinatura. Segundo o advogado Marcos Diegues, a taxa é muito alta. Para ele, o valor deveria corresponder à franquia de pulsos que ela dá direito. “Hoje um cliente da Telefônica paga R$ 31,14 pela assinatura mensal, que dá direito a 100 pulsos. Caso fosse cobrado o valor correspondente aos pulsos, a taxa cairia para R$ 11”, diz.


Anatel
O advogado Alex Sandro Ribeiro, que entrou com a ação para Kelly, afirma que não basta argumentar na Justiça que o valor da taxa é alto. “Não existe uma lei que obrigue o consumidor a pagar assinatura. Apenas uma resolução da Anatel que não tem poder de lei”, explica o advogado. Procurada pelo DIÁRIO, a Telefônica não quis se pronunciar sobre o assunto.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) esclarece que a cobrança da assinatura é legal e já existia antes da sua criação. A Anatel informa que está subordinada à lei, e que caso ela mude terá que se adequar. Portanto, precisa aguardar a aprovação do projeto para se adequar a não cobrança da assinatura mensal.

Antes de ser aprovado, o projeto terá que ser apreciado na Comissão de Defesa do Consumidor, de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática e de Constituição de Justiça e Redação. Vencida essa etapa, só então o projeto vai para votação no plenário na Câmara. Por isso, ainda não dá para afirmar quanto tempo o projeto entrará em vigor.


ROBERTA RODRIGUES
do Diário de S. Paulo

   
 
 
 

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