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economia
22/01/2004
Para analistas, país precisa crescer

DAVOS (Suíça). Na avaliação de economistas presentes em Davos, depois de ter reconquistado a estabilidade econômica, o Brasil precisa agora reencontrar o caminho do crescimento. Fred Bergsten, diretor do influente Instituto sobre Economia Internacional, em Washington, acredita que, para crescer, o Brasil precisa dar atenção especial à sua política externa.

"Certamente o Brasil alcançou um alto grau de estabilidade. A reputação está alta. O questão óbvia é como voltar a crescer. Eu concordo com Lula: o Brasil deve se tornar um poder exportador. Para isso, precisa se fortalecer nas negociações comerciais".

Bergesten, entretanto, acha que o Brasil foi longe demais na sua posição dura nas negociações de comércio:

"Acho que o Brasil ergueu impedimentos nas negociações para a Rodada de Doha e para a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) que não são do interesse do país. O Brasil deve negociar muito duro. Mas precisa trabalhar para que as negociações avancem. Não estou certo de que esse é o caso".

Perguntado se o problema não era mais o fato de os EUA e a União Européia (UE) relutarem em abrir seus mercados protegidos, ele argumentou:

"As críticas são justificáveis. Mas a forma de lidar com isso não é sair da mesa de negociações ou bloqueá-las".

Demanda doméstica
Por outro lado, ele concorda que o endurecimento na posição do G-20 nas negociações da Rodada de Doha teve efeito: obrigou os europeus e americanos a melhorarem suas propostas na agricultura.

Bergsten acredita, por exemplo, que os EUA vão voltar atrás em medidas protecionistas, em troca de um acordo em que os europeus reformem sua Política Comum Agrícola (PAC). Uma decisão nesse sentido, afirma, pode ocorrer em 2006 ou 2007.

Para Stephen Roach, economista-chefe do Morgan Stanley, o problema na América Latina, inclusive no Brasil, é a falta de estímulo para o crescimento da demanda doméstica. A região, para ele, ainda é muito dependente do ciclo econômico mundial, sobretudo dos Estados Unidos. Mas, se a situação dos americanos se complicar no futuro, alertou, “a América Latina enfrentará um sério problema”.

"O Brasil tem feito um trabalho muito melhor. Mas ainda há um longo caminho de reformas", disse.

 

As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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