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previdência
22/01/2004
Juizado vai liberar no mês que vem mais 20 mil sentenças de revisão

O Juizado Especial Previdenciário prepara para o próximo mês mais um superlote com 20 mil sentenças referentes à revisão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A previsão do novo presidente do Juizado, José Carlos Mota, é de que a relação com os nomes dos aposentados beneficiados seja divulgada até o fim de fevereiro.

Os segurados que estarão incluídos no superlote do mês que vem tiveram os benefícios concedidos entre fevereiro de 1994 e fevereiro de 1997. Por isso, eles têm direito à correção dos benefícios com base no Índice de Reajuste do Salário-Mínimo (IRSM), de 39,67%, no salário de contribuição de fevereiro de 1994.

Na época, o percentual não foi aplicado integralmente nos benefícios que deveriam ter sido calculados com base na Unidade Real de Valor (URV). Com a aplicação do índice correto, calcula-se que as aposentadorias e pensões poderiam ter aumentos que variam de 2% a 40%.

Segundo o presidente do Juizado, com a atual estrutura do órgão só será possível liberar superlotes com aproximadamente 20 mil sentenças. O juiz estima que, nas atuais condições, só seriam julgadas até dezembro 100 mil ações de pedidos de revisão.

Na prática, isto significa que o julgamento das demais 700 mil ações poderia levar pelo menos três anos. Para acelerar as sentenças, o presidente alega ser necessário ampliar o quadro de funcionários, por meio de parcerias com universidades ou terceirizando o processo de informatização das ações enviadas pelos Correios (600 mil).

“Hoje o Juizado tem 83 funcionários, e o ideal seria ampliar o nosso quadro em pelo menos 40%, mas isso dependeria de concurso público e não supriria, imediatamente, a demanda para acelerar as sentenças de revisão”, explica Mota.

Caso o Juizado contrate uma empresa terceirizada, Mota diz que a partir de março poderia liberar superlotes de 100 mil sentenças — o que permitiria liquidar com as ações revisionais pendentes até o final deste ano. O valor das ações varia de R$ 7 mil a R$ 8 mil. Em geral, o INSS leva quatro meses para pagar os valores atrasados, contados a partir da divulgação da sentença. Já a atualização do benefício ao valor corrigido pela URV leva aproximadamente 75 dias.

Há uma semana no cargo, o novo presidente do juizado conta que a demanda hoje é bem menor do que a verificada em novembro do ano passado, quando chegaram a ser atendidas 9 mil pessoas em um mesmo dia. Em média, ingressam por dia 700 novas ações pedindo a revisão do benefício com base na URV, o que ainda representa a maior parte da demanda do Juizado (80% do total).

 

LUÍS ALFREDO DOLCI
do Diário de S. Paulo

   
 
 
 

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