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22/01/2004
Desemprego mundial aumenta e atinge 185 milhões de pessoas

O desemprego mundial aumentou em 2003 e atinge diretamente 185,9 milhões de pessoas (6,2 por cento da força de trabalho total), o que significa que apesar dos sinais de reativação econômica o panorama trabalhista não melhorou como se esperava.

Assim diz a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em seu relatório anual sobre as tendências mundiais do emprego, apresentado hoje, quinta-feira, em Genebra, no qual se diz que o nível de desemprego registrado no ano passado é o mais alto desde 1990 quando começou a se utilizar a metodologia atual.

Isso apesar do aumento poder ser considerado modesto em comparação ao valor de 2002, que a OIT situou em 185,4 milhões.

No conjunto de países industrializados o desemprego ficou em 2003 em 6,8 por cento, com uma "evolução positiva na União Européia apesar de uma taxa de crescimento relativamente modesta de 1,5 por cento".

Nos Estados Unidos, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não favoreceu a criação de postos de trabalho e o desemprego permaneceu alto chegando perto de 6 por cento.

Já o Japão parece ter-se recuperado de uma longa crise, embora ainda esteja longe de regressar à situação do início da década passada em que o desemprego ficava abaixo de 3 por cento.

A OIT prevê que uma recuperação econômica mais acentuada, como a que começou a acontecer no segundo semestre do ano passado, poderia traduzir-se em melhores resultados em 2004, embora o próprio diretor-geral da organização, Juan Somavia, tenha advertido que "ainda é muito cedo para dizer que o pior passou".

"Nossa principal preocupação é que se a recuperação cambalear muitos países não possam reduzir a pobreza até a metade para 2015, um dos principais Objetivos do Milênio", acrescentou o funcionário chileno.

Até assim, o desemprego não é a única coisa que deve trazer preocupação, pois o trabalho informal ou subemprego também aumentou, sobretudo nas regiões pobres, onde o produto nacional bruto cresceu muito pouco.

Segundo os cálculos da OIT, no final de 2003 o número de trabalhadores pobres que viviam com um dólar ou menos por dia era de 550 milhões.

Esta situação foi atribuída ao pequeno aumento da economia nos países industrializados, aos conflitos armados que atingiram o setor do turismo e viagens, assim como a epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars), que repercutiu particularmente na Ásia.

Com compreensível prudência, o relatório diz que as taxas de crescimento previstas na América Latina e no Caribe, Oriente Médio, África do Norte e nas economias de transição, todas elas superiores a 4 por cento, assim como nas sub-regiões da Ásia (entre 4,5 e 7,1 por cento) e até na África Subsaariana (cerca de 5 por cento) "deveriam ser suficientes para permitir a essas regiões criar novas possibilidades de emprego".

O desafio daqui até 2015 é, no entanto, enorme pois se trata de absorver os 514 milhões de pessoas que se incorporarão pela primeira vez ao mercado trabalhista e reduzir a quantidade de trabalhadores pobres.

Em seu estudo, a OIT lança um alerta ao afirmar que "a persistência de um crescimento que não cria empregos constituirá uma ameaça para o crescimento futuro".

Nesse sentido, conclui que "nenhum país pode suportar com o tempo um desemprego crescente porque a contração da demanda acabaria limitando o crescimento econômico".


 

As informações são do site Último Segundo.

   
 
 
 

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