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recesso extraordinário
23/01/2004
Falta de quórum e sumiço de deputados marcam a convocação do Congresso

BRASÍLIA - A primeira semana de convocação extraordinária do Congresso Nacional, que custará R$ 50 milhões ao bolso do contribuinte, foi marcada por falta de quórum, adiamento de votações e intenso movimento de parlamentares que registram presença e somem do plenário, numa espécie de recesso extraordinário. Às 16h37 de ontem, o painel da Câmara indicava a presença de 446 deputados, mas somente 12 deles participavam da sessão.

Das cinco matérias incluídas na ordem do dia ontem, somente uma foi aprovada. Trata-se de projeto de lei que dispõe sobre a transformação de funções comissionadas no Tribunal Superior do Trabalho, assunto de pouca relevância frente aos grandes temas da convocação. Hoje, a sessão será destinada apenas para discursos.

Principal foco de polêmica entre os deputados, a emenda que modifica a Reforma da Previdência não avançou nesta primeira semana de esforço concentrado. Ontem, um grupo de sindicalistas de todo o país foi ao gabinete do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), reclamar da falta de empenho do governo e do Congresso em dar rapidez à apreciação da proposta.

"Há uma briga de vaidades, de egos, entre o governo e o Legislativo, que prejudica toda a sociedade", disse o diretor de Assuntos Parlamentares do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco), Pedro Delarue.

Apesar da pressão dos representantes dos servidores, João Paulo reafirmou ontem as dificuldades para a aprovação da emenda durante a convocação. Segundo relato de Delarue, o político petista informou aos sindicalistas que a emenda não faz parte das prioridades estabelecidas pelo governo para este período de trabalho legislativo.

"Não há dúvida que gastar R$ 50 milhões e não votar a emenda será um escândalo", atacou o sindicalista.

O presidente da Câmara descartou ontem que uma disputa por vaidade esteja atrapalhando a condução das reformas. Ele afirmou que tem conversado ''permanentemente'' com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e admitiu que a emenda não está entre os temas incluídos nas conversas com o presidente. Segundo ele, os dois trocam idéias ''sobre outras coisas''.

"Não vejo vaidade, de quem e como. Não entendo. Não é isso", reagiu João Paulo Cunha.

Perguntado se não seria pequeno o benefício de uma convocação extraordinária frente ao custo para o contribuinte, o presidente da Câmara remeteu a responsabilidade ao presidente Lula.

"Aí tem que perguntar para quem convocou".



As informações são do Jornal do Brasil.

   
 
 
 

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