O governo anunciou a liberação nos próximos dias de R$
47 milhões para a construção de moradias
a famílias de baixa renda em várias cidades,
entre as quais São Paulo, que receberá R$ 18
milhões para a compra de prédios desocupados
no centro. Outras quatro capitais também administradas
pelo PT receberão verba.
Os prédios serão reformados e adaptados para
atender a 1.300 famílias, de acordo com o ministro
Olívio Dutra (Cidades), que fez o anúncio ontem.
A Prefeitura de São Paulo participará do programa,
bancando 20% do valor da compra dos imóveis.
As capitais petistas são Belo Horizonte, Porto Alegre,
Salvador e Belém. Há também oito municípios
da Baixada Fluminense, no Rio. A expectativa é atingir
mais de 16 mil famílias e gerar 30 mil empregos. O
dinheiro será liberado pelo Programa Especial de Habitação
Popular, para o qual estão previstos ao todo R$ 420
milhões.
Sem favorecimento
O secretário nacional de Habitação, Jorge
Hereda, nega ajuda política e disse que o critério
de escolha foi exclusivamente técnico: locais onde
há situações de emergência, como
a ocorrência de enchentes. Ele afirmou ainda que o partido
do governo administra várias capitais, onde estão
concentrados os problemas habitacionais do país.
Belém receberá R$ 8 milhões para a reurbanização
de uma favela de palafitas, e a meta é atender a 3.000
famílias. A Baixada Fluminense terá outros R$
8 milhões para construção de casas a
pessoas afetadas por enchentes.
O governo destinará R$ 5,850 milhões à
região metropolitana de Belo Horizonte, para retirada
de famílias que moram em locais de risco em seis favelas.
A região metropolitana de Salvador receberá
R$ 3,6 milhões. Já a região metropolitana
de Porto Alegre e outras cidades do Rio Grande do Sul terão
R$ 2,350 milhões para parceiras com cooperativas habitacionais,
e Recife, R$ 700 mil para a compra de terrenos para moradia.
Em geral, o governo criou parceria com a prefeitura local.
Em alguns casos, há a participação do
Estado. O programa beneficia famílias com renda de
até três salários mínimos (R$ 720).
As informações são da Folha de S. Paulo,
sucursal de Brasília.
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