A reforma ministerial promovida
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta acertar
ao unificar os programas sociais do governo. A fusão
da Assistência Social com a Segurança Alimentar
mostra a quanto foi ineficaz essa distribuição,
nesse primeiro ano de governo. A unificação
das pastas agora mostra a tentativa do PT de melhorar sua
performance gerencial. Além, é claro, de apontar
para as eleições municipais do final do ano.
O até então super-ministro da Casa Civil, José
Dirceu, passou a ser o "gerentão da máquina".
Caberá ao deputado intervir diretamente nos ministérios
com falhas administrativas. Foi exatamente para dar maior
fluidez à administração que o presidente
desdobrou as funções da pasta e deslocou seu
amigo para essa função específica. Mais
que isso: Lula nomeou para a área social petistas com
experiências administrativas tidas como exitosas: os
ex-prefeitos Tarso Genro, de Porto Alegre e Patrus Ananias,
de Belo Horizonte.
Na primeira reforma ministerial de seu governo, Lula integrou
o PMDB ao governo em troca de apoio no Congresso Nacional.
Essa aproximação tem também o objetivo
de construir uma aliança com o partido para as eleições
deste ano e a de 2006. O presidente nomeou seis novos ministros,
confirmou a demissão de outros seis e remanejou três
para novas posições. "O reencontro do PT
com o PMDB é mais do que uma aliança política,
é um reencontro", disse ele ao empossar seus novos
auxiliares.
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