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educação
27/01/2004
Unesp vai abrir campus na Barra Funda

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) inaugura no próximo ano um novo campus em São Paulo. Será na Barra Funda, zona oeste da capital, e contará com três cursos de graduação -matemática, física e química-, que oferecerão 200 vagas.

Segundo o reitor da Unesp, José Carlos Souza Trindade, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) liberou em dezembro R$ 29,82 milhões destinados à expansão da universidade. Desses, R$ 12 milhões serão usados exclusivamente na construção do novo campus.

A universidade já dispõe do terreno de 24 mil m2, ao lado da estação de metrô Barra Funda. A idéia, de acordo com o reitor, é agrupar no local o Instituto de Física Teórica, que só possui cursos de pós-graduação, e o Instituto de Artes. Eles funcionam hoje nos Jardins (zona oeste) e no Ipiranga (zona sul), respectivamente. Os novos cursos serão ligados ao Instituto de Física Teórica.

O restante dos recursos -R$ 17,82 milhões- será utilizado para melhorias e criação de novos cursos nos campi de Franca e Rio Claro, interior de São Paulo. De acordo com Trindade, a Unesp vai injetar mais R$ 5,18 milhões, do seu próprio orçamento, nas obras. "Estamos há pelo menos três anos na expectativa da liberação desse dinheiro", diz o reitor. O orçamento de 2003 da universidade foi de R$ 680,67 milhões.

Segundo ele, é possível que o projeto original do campus da Barra Funda sofra alterações e integre novas unidades. "O projeto é de cinco anos atrás. É preciso adaptá-lo à realidade atual."

Uma das reivindicações dos alunos é a construção de um bloco de moradia. A Unesp ainda não decidiu se irá construí-lo.

Segundo Roberta Ninin, 20, quartanista do curso de educação artística, do Instituto de Artes, há pelo menos dez estudantes da sua sala esperando vaga na moradia estudantil. Além de educação artística, o instituto abriga os cursos de artes plásticas e música.

Sem um prédio apropriado para a moradia dos alunos, a Unesp aluga duas casas, uma para os homens e outra para as mulheres, próximas ao instituto, com capacidade para 20 pessoas.

Ninin conta que, em 2002, teve de morar com outras três amigas na garagem da moradia feminina por falta de vagas. A estudante é de Bebedouro (SP).

"Muitos alunos nem entram na fila de espera porque sabem que não vão conseguir vaga na moradia", afirma a estudante, que faz parte do diretório acadêmico de educação artística.

Nos últimos dois anos, a Unesp recebeu R$ 82,2 milhões do governo do Estado também para serem investidos em expansão. Foram criadas 1.625 novas vagas, 345 em novas unidades no interior que não dispunham de ensino superior público gratuito.

Além disso, a universidade passou a oferecer o curso de pedagogia para 4.187 professores do ensino público infantil e fundamental.


CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S. Paulo

   
 
 
 

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