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balanço
31/12/2003
Realidade adia sonhos de Lula para o Brasil, diz imprensa britânica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradou os mercados internacionais, mas não foi capaz ainda de avançar nas áreas sociais, adiando o sonho de muitos brasileiros. Esse é o mote das retrospectivas do ano de 2003 sobre o Brasil publicadas na imprensa britânica hoje.

Num texto em que apresenta um breve balanço do primeiro ano de governo, a revista "The Economist" afirma que Lula conseguiu evitar uma crise econômica e aprovar a reforma da Previdência.

Por outro lado, destaca a publicação britânica, "o PT não conseguiu escapar das armadilhas de uma primeira experiência no poder".

"Alguns de seus ministros se provaram incompetentes. Sua política social foi atrapalhada. O partido, que se gaba de sua virtude, passou a trocar favores em busca de apoio do Congresso, assim como faziam seus predecessores", diz a "Economist".

Elite feliz
Já uma reportagem no "Financial Times" afirma que Lula decepcionou a classe trabalhadora ao mesmo tempo em que agradou a elite conservadora no Brasil.

O jornal entrevista uma rica freqüentadora da loja Daslu, em São Paulo, que se diz satisfeita com a moderação de Lula, cuja imagem antes a assustava.

"Ironicamente, até agora foi a classe trabalhadora quem pagou o preço mais alto por ter um ex-sindicalista na presidência", diz o "Financial Times".

Segundo o diário, as medidas de austeridade econômica adotadas pelo governo Lula não impediram que a inflação comesse parte do valor dos salários, ao mesmo tempo em que a recessão provocou aumento no desemprego.

Um repórter do diário britânico "The Guardian" enviado ao Maranhão também relata impressões semelhantes.

Ele conta a história de famílias ajudadas pelo Fome Zero no município de Nina Rodrigues que começam a perder um pouco da espeança depositada em Lula quando ele foi eleito em 2002.

Apesar disso, afirma a reportagem, graças ao seu carisma, Lula cotinua bastante popular no Brasil.

O texto conclui dizendo que o grande desafio do governo será fazer valer a promessa de redução das taxas de juros e de retomada do crescimento em 2004.

As informações são da BBC, em Londres.

   
 
   
 

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