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união
31/12/2003
Esforço coletivo para gerar empregos em 2004

BRASÍLIA. Inquieto com as dificuldades para o cumprimento de sua principal promessa de campanha e certo de que o crescimento econômico de 4% não basta para o combate eficaz ao desemprego, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir sua equipe, na semana que vem, para elaborar medidas específicas para a criação de empregos no país. A idéia é fazer um esforço coletivo: eleger, entre os programas ministeriais, aqueles que reforcem o combate ao desemprego. Estão em estudo a formação de frentes de trabalho urbano, maior volume de investimentos em construção civil e o reforço das equipes de Saúde, por exemplo.

Segundo o ministro do Planejamento, Guido Mantega, que passou a manhã de ontem com Lula, essa é a orientação do presidente.

"O presidente quer que o ano que vem seja o ano do crescimento econômico, do aumento de emprego. A preocupação dele é tomar medidas que garantam que vá haver o aumento do emprego para cumprir as metas que estabelecemos", resume Mantega.

Ao lado dos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e do Trabalho, Jaques Wagner, Mantega é um dos encarregados de apresentar propostas para criar empregos. As medidas serão discutidas, com a presença do presidente, pela Câmara de Política Econômica, na terça-feira.

"Com o crescimento, uma parte do problema está encaminhada. A questão é acelerar a resolução. Pode-se crescer 3,5%, 4% ao ano, e criar 1,5 milhão, dois milhões de empregos, o que pode não ser suficiente. Queremos maximizar: com o crescimento de x, quantos empregos podemos criar?", perguntou o ministro.

Para o Censo, 400 mil vagas
Lula, segundo assessores, quer criar novas vagas de trabalho nas cidades e nas regiões metropolitanas das capitais. Na pauta, está a criação de frentes de trabalho em parceria com prefeituras. A avaliação do governo é que a liberação de R$ 1,7 bilhão para obras de saneamento básico, agora no final de ano, vai ajudar na geração de empregos temporários e na execução de obras pelas prefeituras.

O governo pretende investir em ações que empreguem grande volume de mão-de-obra, com a contratação de 400 mil pessoas para a realização do Censo de 2004/2005.

Também farão parte da pauta da reunião da semana que vem o lançamento de uma nova política industrial, medidas para estimular investimentos em tecnologia e formas de ampliar ainda mais as exportações, já que o crescimento econômico tem como conseqüência o aumento das importações.

Lula pretende reunir-se com os ministros do chamado núcleo duro do governo. Deverão participar do encontro os ministros Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica), Palocci (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), além de Mantega e Ciro Gomes (Integração Nacional). O vice-presidente José Alencar também poderá participar da reunião, prevista para terça-feira, mas que pode ser antecipada para segunda.

Lula também deverá conversar com seus principais ministros sobre a reforma ministerial. O PMDB vem cobrando uma decisão do governo em relação a cargos para os primeiros dias de janeiro. Segundo assessores, o presidente continua firme na disposição de fazer uma minirreforma, apenas para integrar o PMDB à equipe.


As informações são do jornal O Globo.

   
 
   
 

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