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Para surpresa
dos sindicalistas,funcionários rejeitaram proposta
da Caixa. Banco oferece o mesmo acordo do setor privado, com
reajuste de 12,6%.
Os funcionários
da Caixa Econômica Federal em São Paulo também
estão em greve, a exemplo do Banco do Brasil. Em assembléia
realizada ontem à noite, na quadra do Sindicato dos
Bancários, eles confirmaram a rejeição
da proposta feita pela Caixa e decidiram iniciar hoje a paralisação,
que já acontece desde terça-feira em outros
estados. Na base do sindicato, que inclui Osasco e região,
o banco tem 5.300 funcionários, espalhados em aproximadamente
160 agências. Em todo o país, são 55 mil.
A Caixa havia oferecido 12,6% de reajuste,
R$ 1.500 de abono e participação nos lucros
ou resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 650 fixos.
Foi exatamente a mesma proposta da Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban), aceita pelos bancários
do setor privado. Os sindicalistas avaliavam que essa proposta
seria aprovada nas assembléias da Caixa, o que não
aconteceu.
Em São Paulo, haverá
nova assembléia dos empregados da Caixa hoje, a partir
das 18h. Uma hora antes, será a vez de os funcionários
do Banco do Brasil se reunirem para decidir se mantêm
a greve iniciada na terça-feira. Eles também
programaram manifestação diante da sede do Ministério
da Fazenda, na Avenida Prestes Maia, região central.
Até as 22h de ontem, representantes
do BB e dos sindicatos continuavam reunidos na sede do banco,
em Brasília, tentando uma acordo que pudesse ser levado
às assembléias para pôr fim à paralisação.
A proposta inicial do BB, que foi rejeitada, incluía
reajustes entre 6,14% e 12,6%, além de promoções,
conforme a função. O banco tem 78 mil funcionários
em todo o país.
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VITOR NUZZI
Do jornal Diário de São Paulo
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