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bolsa família
02/02/2004
Regiões metropolitanas são novo foco do social

BRASÍLIA. As regiões metropolitanas serão prioridade do novo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e de todo o governo Lula em 2004. A primeira meta já estabelecida é aumentar em 900 mil o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família nas grandes cidades. O programa, que, segundo sua coordenadora, Ana Fonseca, atende atualmente a 661 famílias nas regiões metropolitanas, deve chegar à marca de 1,5 milhão de famílias beneficiadas nessas áreas este ano.

Como o benefício médio é de R$ 72, estima-se que moradores carentes das metrópoles passarão a receber R$ 108 milhões por mês em transferências feitas pelo Bolsa Família.

O governo pretende fazer reuniões ministeriais só para discutir essa questão, numa câmara especial das regiões metropolitanas. Por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cada setor do governo já vem traçando seus projetos para as regiões metropolitanas. A idéia, segundo um integrante do governo que participa dessas discussões, é reunir nesse grupo os ministérios do Desenvolvimento Social, das Cidades, do Trabalho da Saúde e do Planejamento, além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Meta é chegar a 50% dos carentes nas cidades
Já existe no âmbito da Casa Civil um grupo interministerial para discutir a geração de empregos nas regiões metropolitanas. O objetivo agora é dar mais agilidade a essas discussões, num grupo mais enxuto do que a Câmara de Política Social, que reúne nada menos do que 22 ministros.

Ao assumir o cargo, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Patrus Ananias, recebeu diretamente de Lula a missão de ampliar os programas sociais nas cidades e nas regiões metropolitanas.

Hoje, já são atendidas 661 mil famílias pelo Bolsa Família, o que representa 21,7% das famílias pobres desses locais. Se a meta de beneficiar mais 900 mil famílias for atingida, o Bolsa Família chegará a 1,5 milhão de famílias. Segundo cálculos do governo, isso representaria 50% da população das regiões metropolitanas que são alvo do programa.

O presidente Lula, segundo um assessor do governo, quer uma atuação forte nas regiões metropolitanas por entender que são o foco maior de miséria, violência e desemprego. No formato original, o Ministério do Trabalho ficaria responsável pela coordenação dessas reuniões. Mas, devido à troca de comando no ministério, caberá agora ao presidente Lula dar a palavra final sobre o formato dessa espécie de câmara setorial das regiões metropolitanas.

Lula deverá reforçar a prioridade para os grandes centros na primeira reunião ministerial da nova equipe, na próxima sexta-feira.

O grupo vai envolver apenas alguns ministérios, das áreas social e de infra-estrutura, mas não será um grupo tão amplo como os das câmaras normais de Política Social e de Infra-Estrutura. No caso da área social, Patrus já anunciou que vai reforçar o Fome Zero nas regiões metropolitanas e outros programas como restaurantes populares e pontos de distribuição de alimentos a preços mais baratos.

"É preciso levar a segurança alimentar, o combate à fome e à desnutrição aos grandes centros urbanos. Nas grandes cidades é que está o desafio da violência", disse.

A preocupação com a situação social nas regiões metropolitanas foi tema de reunião da Câmara de Infra-Estrutura.

"Haverá uma centralização dos investimentos em alguma áreas, entre elas as áreas metropolitanas", já avisou o chefe da Casa Civil, José Dirceu, em entrevista sobre as prioridades para este ano.

Resultados
No caso dos programas para as regiões metropolitanas, o presidente Lula deverá adotar a regra usada para outras ações do governo: cobrar resultados todos os meses. Segundo assessores do presidente, só agora o governo percebeu que é nas grandes cidades que está a maior concentração da população carente. Até agora, o Fome Zero, por exemplo, vinha realizando ações apenas nas regiões do semi-árido nordestino.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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